Após enfrentar uma das maiores crises climáticas do Brasil em 2021, quando pagou R$ 1,3 bilhão em indenizações, a Newe Seguros inicia 2025 com uma estratégia renovada e ambiciosa. A companhia está agora em uma nova fase de ampliação de produtos, contratação de executivos e investimentos em tecnologia. O objetivo é ousado: alcançar R$ 1,5 bilhão de faturamento até 2029.
“2024 foi um ano desafiador para o mercado como um todo, com juros altos, menos subvenção e margem apertada para o agricultor, o que impactou as seguradoras. Mesmo assim, conseguimos avançar cerca de 45% em agro, graças ao empenho das nossas equipes e uma reestruturação comercial significativa”, explica Rodrigo Motroni, vice-presidente da Newe Seguros.
Entre os reforços na busca por nomes de peso do mercado, além da contratação feita no início de 2024 do vice-presidente Henrique Camillo, destacam-se o novo diretor Marcos Pereira, contratado em janeiro de 2025 para liderar as áreas comercial, marketing e atendimento ao cliente, e Brunno Oliveira, que assumiu a posição de head de TI. “Outras contratações virão e serão essenciais para oxigenar a companhia e reforçar nosso olhar focado nos clientes e nos parceiros comerciais, como corretores, assessorias e canais especiais”, complementa Motroni.
A Newe Seguros também irá intensificar investimentos em tecnologia para facilitar ainda mais a sua operação. “No passado, muitas seguradoras de Agro, inclusive nós, criaram soluções para cotação que os corretores não queriam. Como temos a vantagem de sermos independentes, o que nos trouxe uma rápida adaptabilidade, construímos um sistema que se conecta ao que eles já utilizam, fortalecemos nosso relacionamento e, consequentemente, o crescimento da carteira em 2024”, destaca Motroni.
Já no segmento de garantia, a estratégia tecnológica foi um acerto. A emissão digital permitiu um salto de 200% nas apólices emitidas de 2023 para 2024. “Queremos replicar esse modelo para outros segmentos, como seguros cibernéticos, o qual aumentamos nossa capacidade de R$ 1 milhão para R$ 12 milhões. Isso nos permite atender desde pequenas até médias empresas”, explica.
No Rural, a empresa desenvolveu estratégias específicas, como parcerias com cooperativas e revendas de insumos agrícolas que atuam junto aos produtores. Segundo Motroni, a mesma estratégia está sendo replicada para outras linhas de negócios, por meio de canais estruturados que tenham sinergia com os produtos que seguradora oferece ao mercado.
Embora o agronegócio continue sendo uma área importante, a diversificação é uma prioridade para a Newe. A seguradora quer ampliar o seu atual portfólio, que já contempla coberturas para lavoura, equipamentos rurais (linha verde), garantia, fiança locatícia e riscos cibernéticos.
“Estamos também apostando na ampliação do seguro paramétrico, que tem grande potencial, principalmente em riscos expostos a eventos climáticos, como, por exemplo, geração de energia. É uma solução inovadora que pode apoiar as pessoas, empresas e governos em situações como as catástrofes no Sul do Brasil em 2024, ao mitigar as consequências dos riscos a que estão expostos através desse seguro. Além disso, mantemos um trabalho importante com microprodutores de cacau e umbu na Bahia e no Pará, levando garantia e acesso a um mercado hoje praticamente desassistido”, explica.
Além de fortalecer a operação, a empresa pretende ampliar sua participação em outros segmentos como, por exemplo, RD equipamentos, por meio de plataformas automatizadas para cotação, venda, emissão de apólices e regulação de sinistros. Nos novos planos, também está prevista a realização de cross-sell entre as linhas que a Newe já opera e aquelas que agora entram no portfólio da companhia.
“Contamos com um painel de resseguro amplo e de primeira linha, o que nos traz aprendizado e segurança para encarar desafios futuros. Nosso foco é crescer com produtos que atendam as necessidades reais de nossos clientes e parceiros, sem abrir mão da especialização e da agilidade que nos definem”, conclui Motroni.