Previdência privada aberta: captação líquida cresce 57,3% nos dez primeiros meses de 2024 

Valor supera os R$ 50 bilhões e refere-se à arrecadação total, deduzidos os resgates, no período de janeiro a outubro de 2024

De janeiro a outubro de 2024 foram arrecadados, já descontados os resgates, R$ 51,2 bilhões em planos de previdência privada aberta. O número corresponde a uma expansão de 57,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado, aponta o último relatório elaborado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — Fenaprevi.

Nesse intervalo de tempo, foram R$ 162,6 bilhões captados no total, um crescimento de 16,9% na mesma base de comparação. Já os resgates aumentaram 4,5% no período, totalizando R$ 111,4 bilhões. 

Em outubro de 2024 as pessoas possuíam, aplicados em planos de previdência privada aberta, mais de R$ 1,5 trilhão, o equivalente a 13,4% do PIB. São 14,3% a mais do que havia, em termos de ativos, no mesmo mês de 2023.

População protegida 

O relatório também destaca que 11,2 milhões de pessoas contavam com, pelo menos, um plano de previdência privada aberta em outubro de 2024. Ou seja, cerca de 7% da população acima de 18 anos no país conta com essa proteção financeira.

Ao todo, no Brasil, existem mais de 14 milhões de planos de previdência privada aberta, dos quais 80% são da modalidade individual e 20% da coletiva.

Maioria dos aportes foram em planos VGBL

Outra maneira de distribuir esses planos é pelo produto. O relatório destaca que são 8,8 milhões de planos VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre –, que receberam 92% dos aportes no período, um volume de aproximadamente R$ 150 bilhões. 

Os do tipo PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre – somam mais de 3 milhões de planos (22% do total) e arrecadaram R$ 10,2 bilhões ou 6% do montante arrecadado entre janeiro e outubro de 2024. Ademais, existem ainda 2,1 milhões de planos Tradicionais (15% do total de planos) que receberam R$ 2,5 bilhões no mesmo intervalo de tempo.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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