CEO da MAG prepara jantar para 80 representantes da CUFA no G20; na pauta a democratização dos seguros

“Minha família está no setor de seguros há muitos anos, mas esse é o projeto da minha vida”, afirmou Helder Molina. “Quero deixar um legado”, disse

Amanhã, o CEO da MAG Seguros, Helder Molina, receberá em sua casa cerca de 80 representantes da Central Única das Favelas (CUFA) do mundo inteiro, que participam do G20, grupo que reune as maiores economias do mundo. “Minha família está no setor de seguros há muitos anos, mas esse é o projeto da minha vida”, afirmou Molina. “Quero ir embora e deixar algo importante como este projeto”, disse ele durante o evento CQCS Insurtech & Inovação.

A CUFA está envolvida no G20 por meio do G20 Favelas, uma iniciativa que visa levar as demandas das favelas para o cenário global. Trata-se de uma cúpula social organizada pelo governo brasileiro para ampliar a participação da sociedade civil nas decisões do G20, no evento que acontece no Rio entre 14 e 16 de novembro.

O cardápio do jantar? “Comida brasileira, claro”, disse Molina ao Sonho Seguro. Em recente entrevista, Marcus Vinícius Athayde, coordenador da CUFA Global, disse ser “essencial levar o G20 para dentro e fora das favelas do Brasil, pois essa é a forma de o mundo compreender nossa capacidade de elaboração”. “Não se resolvem os problemas de um território sem que seus moradores estejam à mesa”, acrescentou Celso Athayde, fundador da Cufa e CEO da Favela Holding em entrevista à Folha.

Molina destacou o compromisso da seguradora com a inclusão financeira e social das comunidades de favela no Brasil. Em parceria com a Favela Holding, a iniciativa F/Seguros busca ampliar o acesso a seguros essenciais para famílias em situação de vulnerabilidade, gerando oportunidades de renda e apoio em momentos difíceis.

“Quando um morador da comunidade precisa enterrar alguém, passa pela necessidade de um seguro básico, o seguro funeral”, explicou Molina. Ele ressaltou que as favelas brasileiras abrigam cerca de 18 milhões de pessoas, com mais de R$ 200 bilhões circulando anualmente. “71% dos moradores são autônomos, e 53% das mulheres são as que comandam os lares, orientando os filhos e dando direção às famílias.”

Molina compartilhou que dedica grande parte de seu tempo a este projeto, que considera “sensacional”, fundamentado em três pilares essenciais: proporcionar seguros e serviços para a base da pirâmide, capacitar mais de 100 mil corretores e fazer com que o dinheiro das indenizações de proteções adquiridas para casa, vida, desemprego, celular circule dentro das próprias comunidades, promovendo saúde, educação e esporte.

A seguradora digital F/Seguros está em sua fase piloto e já iniciou a comercialização de seus produtos direcionados, com a capacitação de moradores de algumas das maiores favelas do país, como Rocinha, Complexo da Penha, Brasilândia e Paraisópolis, para atuar como consultores de seguros.

Para alcançar seus objetivos, o projeto conta com o apoio CUFA, que colabora na identificação e formação de talentos locais. Enquanto a MAG Seguros oferece sua expertise em seguros e formação profissional, a CUFA aporta seu conhecimento sobre as favelas, facilitando a escolha de moradores com potencial para uma carreira no setor de seguros.

A meta do projeto é ambiciosa: capacitar até 5 mil líderes e formar 50 mil vendedores, expandindo para 16 favelas adicionais. A sustentabilidade do modelo está alicerçada em crescimento escalável e indicadores de gestão robustos, com a expectativa de que o F/Seguros se torne uma solução prática e confiável para todo o Brasil. Favela não é carência, favela é potência.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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