Fernando Haddad defende diálogo para aprimorar setor de seguros

"Se adotarmos o diálogo como premissa, tivermos abertura para sentar à mesa e negociar os textos de lei, podemos aprimorar a legislação e permitir que os seguros se desenvolvam no Brasil”, disse o ministro, que foi vaiado em evento do setor no Rio

Sob vaias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o diálogo para desenvolver o setor de seguros no Brasil. A declaração ocorreu na abertura do 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado nesta quinta-feira no Rio. Tem uma coisa mais importante do que as nossas divergências, que é a reconstrução do Brasil”, disse Haddad, segundo publicação do Valor.

“Eu não sei quantos políticos trabalharam para o setor de seguros, mas eu tenho certeza que a contribuição que eu dei como professor universitário supera muitas pessoas que vocês admiram e que talvez não tenham entregado absolutamente nada durante a sua vida pública”, disse o ministro, informa a CNN.

O presidente da Fenacor, realizadora do evento, Armando Vergílio, chamou a atenção dos congressistas e pediu respeito. “Há muito eu não via um ministro da Fazenda tão interessado verdadeiramente em solucionar os problemas do setor e fazer o setor crescer”, disse.

Haddad afirmou ainda que há uma agenda “importante” no Congresso Nacional, com o resgate de um Projeto de Lei “que estava há 20 anos parado”, em menção ao Marco Legal dos Seguros, criado para modernizar e aprimorar as regras de contratos de seguros, aprovado em junho deste ano no Senado Federal.

Segundo ele, o projeto foi refeito pelo secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, e pelo superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani, junto com agentes do setor. “Todo mundo sentou à mesa, revisamos o texto, e o Senado, que estava há 20 anos para decidir, tomou a decisão de aprovar o texto, e, agora, volta para a Câmara para a deliberação final”, disse.

“Se nós adotarmos o diálogo como premissa, tivermos abertura para sentar à mesa e negociar os textos de lei, nós podemos aprimorar a legislação e permitir que os seguros se desenvolvam no Brasil como se desenvolve em outros países”, disse. O ministro acrescentou que a Lei vai “ajudar muito” os corretores de seguros. “Nós estamos afastando uma série de incertezas que o segurado tem na hora de assinar um contrato. Os prazos, as informações que ele presta para a seguradora, tudo isso está disciplinado na Lei para oferecer garantia.”

Também participaram da abertura do evento os governadores do Rio, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, o presidente da escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergílio, e o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello Filho e do superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani.

A plateia tinha a presença de parlamentares como o senador Flávio Bolsonaro (PL), a deputada federal Soraya Santos (PL) e o deputado federal Hugo Leal (PSD).

O 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros ocorre no centro de convenções Expo Mag, no Centro do Rio de Janeiro, até o próximo sábado (12).

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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