Furacão Milton pode custar US$ 100 bilhões para setor de seguros, segundo analistas

Em um evento com uma chance de 1 em 100 anos, analistas afirmam que poderia levar a perdas de US$ 175 bilhões se Milton atingir diretamente Tampa

Fonte: Reuters

O furacão Milton, uma poderosa tempestade de Categoria 5, está prestes a causar perdas seguradas de até US$ 100 bilhões, potencialmente impulsionando os preços de resseguros em 2025 e influenciando o desempenho das ações de algumas seguradoras, de acordo com analistas. O furacão deve atingir a costa do Golfo da Flórida, uma área ainda se recuperando da recente devastação causada pelo furacão Helene.

Analistas da Morningstar DBRS estimam que as perdas do furacão Milton podem variar entre US$ 60 bilhões e US$ 100 bilhões, sendo a maior estimativa comparável ao furacão Katrina, que causou a maior perda segurada de um furacão em 2005. No entanto, apesar da escala dos possíveis danos, eles enfatizaram que as perdas, embora significativas, não seriam catastróficas para a indústria de seguros.

Como comparação, o furacão Ian, que atingiu a Flórida em 2022, resultou em perdas seguradas de cerca de US$ 60 bilhões, um valor que os analistas do RBC sugerem ser um marco para o impacto potencial de Milton. Eles descreveram essas perdas potenciais como “muito administráveis” para o setor de seguros.

Os analistas da Jefferies forneceram uma visão mais detalhada, observando que um evento com uma chance de 1 em 100 anos poderia levar a perdas de US$ 175 bilhões se Milton atingir diretamente Tampa, uma das regiões mais densamente povoadas da Flórida. Eles estimaram perdas de cerca de US$ 70 bilhões caso a tempestade atinja Ft. Myers.

O resultado do impacto do furacão Milton, especialmente em termos de perdas seguradas, pode reformular os preços de resseguros no próximo ano e ter efeitos em cascata no cenário financeiro do setor de seguros.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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