Fonte: Alper
Os Jogos Olímpicos são um dos eventos mais grandiosos e complexos do mundo, reunindo atletas, comissões técnicas e espectadores de todos os cantos do planeta. No entanto, essa magnitude também os torna suscetíveis a uma série de riscos: ameaças terroristas, ciberataques, vandalismos, acidentes e outras situações. A mitigação desses riscos é crucial para garantir a segurança e o sucesso do evento, e é aí que entram as diversas modalidades de proteção, como seguros focados em algumas categorias.
Poucas horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, ocorrida no dia 26 de julho, ocorreu um ataque às linhas de trem de alta velocidade da capital francesa, afetando mais de 800 mil pessoas. Em um comunicado oficial, a SNCF, empresa responsável pela administração do transporte ferroviário local, declarou que o evento foi uma ‘sabotagem coordenada e simultânea’.
Essa não é a primeira vez que um ataque acontece durante os jogos. Ameaças e atentados terroristas são preocupações constantes em eventos de grande porte. O ataque durante os Jogos Olímpicos de Munique em 1972, onde 11 atletas israelenses foram mortos, é um exemplo trágico que evidenciou a necessidade de seguros contra terrorismo. Esse tipo de cobertura pode ajudar a proteger contra danos físicos, interrupção de negócios e perdas financeiras resultantes de atos terroristas.
Com a digitalização crescente, a segurança cibernética se tornou uma prioridade. Nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, houve um ataque cibernético que derrubou a internet e o sistema de emissão de ingressos. Durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, uma série de tentativas de phishing foram direcionadas a organizações ligadas ao evento, além de tentativas de intrusão em sistemas de TI. Hackers tentaram roubar informações confidenciais e comprometer sistemas críticos. Esses ciberataques destacam a importância de seguros cibernéticos para cobrir violações de dados e interrupções de sistemas.
“A complexidade e a escala dos Jogos Olímpicos exigem uma abordagem robusta e integrada de gestão de riscos”, afirma Ilan Kajan, vice-presidente de Riscos Corporativos da Alper Seguros. “Os seguros desempenham um papel crucial na proteção contra uma ampla gama de ameaças, desde ataques terroristas até interrupções operacionais”, destaca o executivo.
A infraestrutura geral do evento e os equipamentos dos atletas também são vulneráveis a danos, seja por incêndios, vandalismo e outras causas. Seguros patrimoniais cobrem esses riscos, garantindo a reposição e reparo necessários para a continuidade do evento. Pouco antes do início dos jogos deste ano, um grupo de atletas australianos, que competiriam na categoria BMX, foram assaltados na Bélgica, e tiveram suas malas, carteiras e bicicletas roubadas.
Kajan lembra que fatos ocorridos em edições passadas são lições que ajudam a melhorar a estratégia de segurança na edição Paris 2024 dos jogos olímpicos. “Em eventos anteriores, como os atentados em Munique e Atlanta, vimos como a falta de preparação adequada pode ter consequências devastadoras. Aprender com esses incidentes e adotar medidas de proteção robustas, além de ter coberturas de seguro personalizadas, é fundamental para minimizar as consequências e garantir o sucesso de futuras edições”, comenta.
Geralmente, a organização dos eventos de grande porte como as Olimpíadas ou a Copa do Mundo contrata o chamado Seguro de Evento. Esta modalidade cobre desde equipamentos específicos até interrupções que inviabilizam a realização do evento, como condições climáticas extremas ou problemas logísticos. Já os seguros de proteção aos atletas podem cobrir desde lesões, acidentes até situações de sequestro.Isso inclui cobertura para despesas médicas, compensações por invalidez ou morte, e assistência em casos de emergência. Todos cenários reais suscetíveis a ocorrer durante o evento em Paris.
A logística de transporte de equipamentos e infraestrutura também é crítica. Seguros de transporte cobrem danos ou perdas durante o transporte, como vandalismo ou acidentes que comprometam o uso dos equipamentos.
Garantir a segurança e o sucesso dos Jogos Olímpicos requer uma gestão de riscos abrangente e bem planejada. Com a evolução das ameaças e dos desafios, a proteção oferecida pelos seguros se torna cada vez mais indispensável. Como destaca Ilan Kajan: “os seguros não apenas protegem contra perdas financeiras, mas também proporcionam a confiança necessária para que atletas, organizadores e espectadores desfrutem do evento com tranquilidade”.
Os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris certamente terão suas próprias complexidades e riscos, mas com uma estratégia de seguros bem delineada, é possível minimizar os prejuízos causados por possíveis riscos, e assegurar que o espírito esportivo prevaleça.