Defensoria pede R$ 10 milhões por danos coletivos em carros deixados no Estapar de Porto Alegre

"A Porto Seguro não é seguradora do espaço afetado no aeroporto Salgado Filho’’

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul ajuizou uma ação civil pública pedindo reparação para clientes das empresas ligadas ao gerenciamento do estacionamento no local. Pede R$10 milhões por danos coletivos, além de reparações por quatro tipos de danos individuais para a Estapar e a conveniada Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais. A ação foi ajuizada em tutela de urgência.

A Estapar afirma que ainda não foi acionada pelo Defensoria, mas diz estar à disposição para esclarecimentos necessários. A Porto Seguro diz que ‘‘todos os sinistros veiculares decorrentes de alagamentos avisados e com apólices vigentes no Rio Grande do Sul foram e serão indenizados, incluindo os veículos segurados que estavam localizados nos estacionamentos da Estapar.’’ A empresa, porém, ressalta que ‘‘não é seguradora do espaço afetado no aeroporto Salgado Filho.’’

Nesta terça-feira, os proprietários puderam começar a retirar seus veículos dos estacionamentos do Aeroporto Salgado Filho. Aqueles que ficaram no térreo ficaram completamente submersos pelo alto volume de água que inundou o local. Muitos deles precisaram ser retirados com guincho por não estarem mais funcionando. A busca dos carros está sendo escalonada. Nos dias pares, podem ser retirados os carros que têm placa com final par e, nos impares, aqueles de placa ímpar.

A Defensoria estima que cerca de 2 mil veículos tenham sido deixados nos estacionamentos do aeroporto e no pátio do Hotel Deville Prime, ambos na zona norte da capital gaúcha, uma das regiões mais atingidas e que ficou debaixo d’água por mais tempo. A Estapar diz que não está divulgando este número.

“Eles comunicaram aos consumidores às 22h50 do dia 3 de maio, depois que o próprio aeroporto já tinha fechado às 20h30. Um comunicado que chegou totalmente a destempo, porque muitos não tinham mais condições de se deslocar até o local. Foi uma conduta que não minorou os danos, por isso, entendemos que a calamidade não isenta a responsabilidade da fornecedora neste caso”, diz.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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