A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul ajuizou uma ação civil pública pedindo reparação para clientes das empresas ligadas ao gerenciamento do estacionamento no local. Pede R$10 milhões por danos coletivos, além de reparações por quatro tipos de danos individuais para a Estapar e a conveniada Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais. A ação foi ajuizada em tutela de urgência.
A Estapar afirma que ainda não foi acionada pelo Defensoria, mas diz estar à disposição para esclarecimentos necessários. A Porto Seguro diz que ‘‘todos os sinistros veiculares decorrentes de alagamentos avisados e com apólices vigentes no Rio Grande do Sul foram e serão indenizados, incluindo os veículos segurados que estavam localizados nos estacionamentos da Estapar.’’ A empresa, porém, ressalta que ‘‘não é seguradora do espaço afetado no aeroporto Salgado Filho.’’
Nesta terça-feira, os proprietários puderam começar a retirar seus veículos dos estacionamentos do Aeroporto Salgado Filho. Aqueles que ficaram no térreo ficaram completamente submersos pelo alto volume de água que inundou o local. Muitos deles precisaram ser retirados com guincho por não estarem mais funcionando. A busca dos carros está sendo escalonada. Nos dias pares, podem ser retirados os carros que têm placa com final par e, nos impares, aqueles de placa ímpar.
A Defensoria estima que cerca de 2 mil veículos tenham sido deixados nos estacionamentos do aeroporto e no pátio do Hotel Deville Prime, ambos na zona norte da capital gaúcha, uma das regiões mais atingidas e que ficou debaixo d’água por mais tempo. A Estapar diz que não está divulgando este número.
“Eles comunicaram aos consumidores às 22h50 do dia 3 de maio, depois que o próprio aeroporto já tinha fechado às 20h30. Um comunicado que chegou totalmente a destempo, porque muitos não tinham mais condições de se deslocar até o local. Foi uma conduta que não minorou os danos, por isso, entendemos que a calamidade não isenta a responsabilidade da fornecedora neste caso”, diz.