RIMS 2024: Greenberg fala sobre reforma jurídica, inflação, mudança climática e transição energética

Com agências internacionais

“A inflação dificilmente voltará à meta de 2% do Fed (banco central americano). Vamos viver de forma mais permanente em um mundo com inflação mais alta”, disse Evan Greenberg, CEO da Chubb, durante a sessão de abertura desta terça-feira do RISKWORLD, a conferência anual da Risk & Insurance Management Society Inc. (RIMS).

Seguradoras e segurados devem se adaptar a níveis mais altos sustentados de inflação econômica e “inflação social”. As pressões inflacionárias na economia dos EUA não devem diminuir, e os aumentos em veredictos e acordos judiciais continuarão devido a mudanças nos valores sociais e financiamento de litígios, afirmou ele.

Segundo ele, as corporações devem se preparar para financiar, com apoio das seguradoras, uma campanha de reforma jurídica de longo prazo para deter a tendência. Mudanças climáticas e a transição para energia renovável, aumento do protecionismo, mudanças nas cadeias de suprimentos e gastos baseados em déficit contribuem para a inflação mais alta, afirmou ele.

Ressaltou que a inflação social também aumenta os custos. “Este é o problema que, para dizer o óbvio, é duradouro. Não é episódico. Não está indo embora e está piorando”, disse ele. Mais vereditos individuais, ações coletivas e novas teorias de responsabilidade estão aumentando o custo de acordos e vereditos, acrescentou.

“Além disso, a advocacia de litígio se tornou uma “indústria lucrativa” com novas fontes de financiamento, e a sociedade está se tornando mais “anti-corporação”, afirmou. “Não vamos resolver isso simplesmente como uma indústria de seguros. Mas podemos fazer muito para apoiá-lo”, disse Greenberg.

“As corporações devem desenvolver um plano de longo prazo para apoiar a reforma jurídica. Isso vai custar dinheiro. Vai exigir talento. Terá que ser abordado como uma campanha política de longo prazo”, afirmou Greenberg.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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