Lucro da Swiss Re chega a US$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre de 2024

O grupo de seguros e resseguros está divulgando os resultados de acordo com as normas IFRS pela primeira vez após a transição do US GAAP a partir de janeiro de 2024, por isso, o resultado não é comparável ao primeiro trimestre de 2023

O grupo Swiss Re registrou um lucro líquido de US$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre de 2024. Pela primeira vez, divulga os resultados de acordo com as normas IFRS após a transição do US GAAP a partir de janeiro de 2024. Diante disso, o resultado não é comparável ao primeiro trimestre de 2023, divulgado sob as regras contábeis antigas, explica o grupo em comunicado à imprensa.

“A Swiss Re teve um bom início de ano, com todos os nossos principais negócios apresentando fortes resultados”, afirmou na nota o CEO do grupo, Christian Mumenthaler. Conforme o diretor financeiro John Dacey, a transição para o IFRS do US GAAP representa uma oportunidade para demonstrar o valor econômico dos negócios.

As receitas de seguros atingiram US$ 11,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024. O resultado dos serviços de seguros, refletindo a rentabilidade da atividade de subscrição, foi de US$ 1,4 bilhão. O retorno sobre o capital próprio (ROE) alcançou 21,3% no período.

Conforme anunciado no “Dia do Investidor” em dezembro de 2023, a Swiss Re começou a incluir uma reserva de provisão para incerteza sobre novos negócios subscritos em seus negócios de propriedade e acidentes, o que se estima que reduzirá os lucros pós-impostos do grupo em aproximadamente US$ 500 milhões em 2024.

O segmento de resseguro de “Property and Casualty” (P&C Re) reportou um lucro líquido de US$ 552 milhões nos três primeiro meses do ano. O resultado foi impulsionado pela disciplina de subscrição e por uma baixa incidência de catástrofes naturais no período, apoiada por um sólido resultado de investimento. A receita de seguros nos primeiros três meses de 2024 atingiu US$ 5 bilhões.

O grupo aumentou seletivamente as reservas para grandes catástrofes naturais e eventos provocados pelo homem, e aumentou as reservas em linhas de vítimas.

A P&C Re obteve um resultado de serviços de seguros de US$ 704 milhões e um índice combinado de 84,7% no primeiro trimestre. A divisão tem como meta um índice combinado abaixo de 87% para o ano inteiro.

A divisão de resseguro de vida e saúde (L&H Re) reportou um lucro líquido de US$ 412 milhões de dólares no primeiro trimestre. Conforme o grupo, “esse resultado reflete a mortalidade nos EUA em linha com as expectativas e um resultado de investimento mais elevado impulsionado pelo aumento dos rendimentos”.

A L&H Re alcançou receita de seguros de US$ 4,8 bilhões, com um resultado de serviços de seguros de US$ 434 milhões. A divisão tem como meta um lucro líquido de aproximadamente US$ 1,5 bilhão para 2024.

A Swiss Re Corporate Solutions, de seguros corporativos do grupo, reportou um lucro líquido de US$ 194 milhões nos primeiros três meses de 2024. “As grandes perdas causadas por catástrofes naturais, no valor de US$ 66 milhões, foram causadas principalmente pelo terremoto de Noto, no Japão.

A receita de seguros no primeiro trimestre foi de US$ 1,8 bilhão, beneficiando-se do ambiente de taxas mais favoráveis na maioria dos segmentos e do crescimento de novos negócios. A Corporate Solutions obteve um resultado de serviços de seguros de US$ 213 milhões e um índice combinado de 89,9% no primeiro trimestre. A divisão tem como meta um índice combinado abaixo de 93% para o ano inteiro.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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