Bancos priorizam ações em seguros para clientes atingidos pela tragédia no Sul

As seguradoras já pagaram R$ 997,7 milhões em indenizações aos produtores rurais neste ano, segundo levantamento da CNseg e da FenSeg

O Itaú realizou um aporte de R$ 5 milhões em iniciativa da companhia aérea Azul para custear voos humanitários para a região, com itens como doações e mantimentos. Itaú garante comunicação proativa e facilitação da abertura de sinistros de seguros de vida ou patrimoniais para pessoas e empresas.

O Santander anunciou uma série de medidas de adequação de prazos e condições para os clientes do Rio Grande do Sul, que estão sofrendo com as fortes chuvas que castigam a região. O banco também criou um fundo de ajuda humanitária, onde vai aportar o mesmo valor doado pelos seus colaboradores. Santander prioridade no acionamento dos sinistros e pagamento de indenizações de seguros.

O Banco do Brasil anunciou a doação de R$ 400 mil, por meio da Fundação BB, flexibilizações em diversos produtos e serviços do BB, como crédito, operações do agronegócio e seguros, além de uma campanha nacional para arrecadação de recursos.

Haverá uma esteira diferenciada para o acionamento dos seguros/Proagro. Nos seguros Residencial e Empresarial, foram ampliados os valores dos serviços de limpeza, cobertura de telhados e desentupimento previstos nas apólices. A BB Seguros também enviou reguladores e peritos para as regiões atingidas, com possibilidade de realizar a vistoria presencial ou de forma remota.

SEGURO RURAL

O Valor informa que a equipe do Departamento de Gestão de Risco do Ministério da Agricultura monitora a situação de nove mil contratos de seguro rural de produtores gaúchos feitos para a safra de verão 2023/24, com subvenção federal, e que, possivelmente, são de áreas onde a colheita de grãos não foi totalmente finalizada até a chegada das chuvas e enchentes da semana passada. As apólices “ativas” abrangem 616,1 mil hectares em 388 municípios gaúchos e que podem gerar sinistros, de acordo com levantamento da Pasta.

O valor segurado dessas áreas ultrapassa R$ 3,8 bilhões. O prêmio arrecadado com os contratos foi de R$ 298,1 milhões e a subvenção paga pelo governo, de R$ 73,8 milhões. O ministério, no entanto, não tem o detalhamento das áreas que ainda estavam em fase colheita. O levantamento mostra o potencial de produção que pode estar sob risco de sinistralidade.

As seguradoras já pagaram R$ 997,7 milhões em indenizações aos produtores rurais neste ano, segundo levantamento da CNseg e da FenSeg. Entre os principais sinistros que levaram aos pagamentos estão as quebras de safras de grãos e os extremos climáticos, em especial no Sul e no Centro-Oeste. Os desembolsos com as indenizações cresceram 19,1% no primeiro bimestre. Como a receita das seguradoras caiu 27,4%, para R$ 808 milhões, o valor das indenizações foi 23,5% maior do que o faturamento das empresas.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS