Icatu Seguros bate recorde de vendas e lucro ancorada em uma gestão ativa com parceiros e educação financeira

Faturamento de R$ 12,9 bilhões reflete crescimento consistente nas vendas de seguro de vida, previdência e capitalização no primeiro ano da gestão do novo CEO, Luciano Soares

Depois de anos investindo em tecnologia e pessoas, a Icatu Seguros colhe os resultados, embalados também pela maior preocupação das pessoas em ter uma reserva financeira. A seguradora especializada em seguros de pessoas e títulos de capitalização fechou o ano de 2023 com um resultado recorde nos 32 anos de atuação da companhia. O lucro líquido chegou a R$ 351 milhões, crescimento de 23% em relação ao ano anterior. O faturamento chegou próximo a R$ 13 bilhões (R$ 12,9 bilhões), avanço de 21%. 

De janeiro a dezembro, a companhia cresceu 21% em seguro de vida, 27% em contribuições para a previdência e 10% em capitalização, em relação a 2022. No período, a companhia alcançou R$ 58,8 bilhões de ativos sob gestão, com mais de 10 milhões de clientes ativos, 39 filiais, uma força consultiva de mais de 9 mil corretores, e mais de 300 parceiros entre bancos, cooperativas, varejistas, insurtechs e fintechs.

“Todas as linhas de negócios alcançaram crescimentos históricos”, comemora o CEO Luciano Soares, no comando desde abril de 2023 e que atuava há mais de uma década no Conselho de Administração da seguradora. Em conversa com o Sonho Seguros, o executivo credita o bom desempenho ao foco em eficiência operacional, ampliação da estratégia de diversificação do negócio e a aposta da companhia em inovação de produtos e serviços. 

Além dessas iniciativas, apoio em ações de educação financeira para o público final e gestão participativa rendem elogios dos parceiros de negócios, entusiasmados com a pró-atividade da Icatu em trazer soluções para que os canais de distribuição estimulem a base de clientes a se interessar por proteção financeira que os ajudem a manter um orçamento positivo nos vários ciclos de vida.

“Os números expressivos de 2023 são reflexo de uma estratégia consistente, de longo prazo, e resultado do nosso olhar atento para as transformações do mercado segurador e demandas da sociedade brasileira. No último ano, avançamos em atualizações e inovações em nosso portfólio de produtos, serviços e soluções. Acredito na gestão estratégica da companhia, orientada à contínua diversificação da nossa atuação, para manter os patamares sustentáveis de crescimento ao longo dos anos”, afirma Soares

E a estratégia deu resultado. No ramo de vida, a Icatu bateu recorde de R$ 4,2 bilhões em prêmios retidos, evolução de 21% em relação a 2022, resultado acima do mercado, cujo aumento foi de 9,5% no mesmo período. São destaques o crescimento dos produtos de vida individual, com 90%, e do Icatu Vida PME, modalidade em grupo voltada para pequenas e médias empresas, com 27%.

Soares destaca o desenvolvimento de um seguro de vida com jornada 100% digital, que agradou tanto os canais de distribuição como os clientes. O produto pode ser embutido na plataforma de diversos parceiros de forma simples e intuitiva, por meio do portal de APIs. “Um dos diferenciais da Icatu é a capacidade de se conectar aos mais diversos canais de distribuição. Temos de entender, respeitar e ajudar o canal a trabalhar. Podemos ter o melhor produto do mundo, mas se ele não chegar ao consumidor final, de nada adianta”, pondera Soares.

Em sua opinião, tudo passa por um processo de educação financeira. “Precisamos dar informações e ver o que mais faz sentido para cada consumidor, pois os nossos produtos envolvem diversas fases da vida de cada individuo. E não está relacionada a idade cronológica. E sim em quando tem filhos, quando constituiu uma família, se mudou de família. Temos de entender a percepção do imponderável da vida e ajudar cada um a se proteger dentro da sua realidade marcada por mudanças constantes. A calibragem dos produtos, não limitado a cobertura de morte, e a acumulação, com previdência e capitalização precisa ser revisto. Se fez algo há 20 anos, certamente tem uma necessidade de ajuste no hoje”, comenta.

Esta bagagem de conhecimento compartilhada com a base de clientes e o investimento em um portfólio de fundos diversificado, que garante a possibilidade de alocação para qualquer perfil de cliente ajudaram a impulsionar o crescimento em previdência. As contribuições alcançaram R$ 6,1 bilhões, avanço de 27% em relação a 2022, e as reservas avançaram 6%, para R$ 52,7 bilhões. São mais de 400 fundos – 150 deles de grade – de renomados gestores do país. “A gestão desta linha de negócio é refletida no crescimento expressivo no volume captado e nas reservas. São resultados que se sobressaem diante de uma estratégia de negócio consistente ao longo dos nossos mais de 30 anos de companhia”, acrescenta Soares.

Em capitalização, a Icatu faturou R$ 2,6 bilhões, evolução de 10% em relação a 2022. O volume de provisões ficou na ordem dos R$ 3,8 bilhões. No período, retornou aos clientes cerca de R$ 2,1 bilhões. Entre as estratégias para o segmento, a companhia tem investido na garantia locatícia via título de capitalização, que registrou crescimento de 25% em 2023.

Soares está otimista com o produto Dupla Garantia, lançado em novembro. “É uma solução inédita no mercado que combina os benefícios do Garantia de Aluguel com o seguro prestamista e que. traz muitos benefícios ao cliente. Sabemos que toda inovação tem o seu período de maturação e temos a certeza de que este produto será bem sucedido pelos benefícios que traz neste cenário onde o fiador de imóvel é um personagem em extinção”, comentou. Atualmente, a modalidade representa 28,4% da carteira de capitalização da Icatu.

Para 2024, o otimismo é ainda maior. Além de um cenário de melhora da economia, de consumidores com dívidas renegociadas e, portanto, mais atentos a importância de poupar para emergências, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) traz novas regras que devem estimular o segmentos de pessoas. “Temos muitas mudanças que visam tornar os produtos mais simples e acessíveis para a população e que também estimulam ainda mais a competição entre as companhias do setor”, avalia.

Uma delas é a possibilidade de o consumidor definir os parâmetros da renda no período que antecede o seu recebimento, escolhendo como quer receber o benefício. Também poderá optar por uma renda enquanto mantém os aportes ao plano e assim aproveitar taxas de mercado em momentos favoráveis, além de definir a tributação no final e não mais na entrada no plano.

A Susep também regulamentou que a reserva previdenciária pode ser dada como garantia de empréstimos. Mas a adesão automática de funcionários nos planos de previdencia oferecidos pelas empresas é o que mais chama a atenção de Soares. Hoje a previdência privada tem 11 milhões de clientes no sistema previdenciário e a grande maioria clientes individuais.

“Era uma medida esperada pelo setor há anos e passou despercebida por muitos, mas eu acredito que ela trará um impacto positivo para o setor no médio e longo prazo”, afirma. Segundo ele, a adesão automática está ligada a finanças comportamental. Ao tomar a decisão pelos trabalhadores, dando a faculdade de sair ao invés da opção na hora de entrar, faz com que as pessoas se sintam mais seguras e é comprovado que isso gera melhor compreensão da importância do produto de acumulação de renda. O que se tornar um benefício para toda a sociedade, que cada dia mais entende que os governos não conseguirão arcar com um valor de aposentadoria que todos almejam”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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