Corretora do banco BV comemora crescimento das vendas e dos resultados com seguros 

"Quando o seguro é simples de contratar, tem preço justo para cada perfil de risco e traz benefícios no orçamento financeiro do segurado, a consequência é ter um cliente fidelizado. E isso é um grande ativo para o banco”, resume Daniel Monteiro 

Daniel Monteiro, diretor de Seguros e Cartões do banco BV (ex-Votorantim), teve um ano repleto de reuniões com seguradoras parceiras, colaboradores internos e externos para aprimorar o atendimento ao cliente. O resultado de tantos esforços será apresentado no balanço do banco com capital dividido entre Votorantim e Banco do Brasil em meados de fevereiro. Dados de janeiro a setembro de 2023 sinalizam que a corretora já está entre as maiores do país, com avanço de 56% em registro de vendas de seguros, passando R$ 1,1 bilhão. Em resultados, o avanço foi de 68%, para R$ 540 milhões.

“O resultado da corretora já mostra a importância de seguros para a diversificação das receitas do banco. Quando o seguro é simples de contratar, tem preço justo para cada perfil de risco e traz benefícios no orçamento financeiro do segurado, a consequência é ter um cliente fidelizado. E isso é um grande ativo para o banco”, resume Monteiro. 

A corretora tem mais de 35 produtos no portfolio, ofertado por diversas seguradoras parcerias. BNP Paribas Cardif, Mapfre e Icatu são responsáveis pelas maiores carteiras de produtos, como prestamista, seguro de carro, seguro de vida e acidentes e seguro cartão protegido, que inclui operações de PIX. Para 2024, a expectativa é avançar em outros ramos que façam sentido dentro da jornada dos tomadores de crédito do BV, dono de uma carteira de crédito de R$ 84,8 bilhões até setembro de 2023.  

Dentro da filosofia de ofertas contextualizadas, o tomador de crédito do BV é abordado no momento certo, com o produto feito sob medida para ele. O seguro prestamista, que garante o pagamento da dívida, é aceito por grande parte dos clientes. Aqui a corretora usa a inteligência artificial para ser proativa, acompanhando o dia a dia da área de cobrança. Se a palavra morte, doença e desemprego aparece nas conversas, a corretora é acionada para lembrar o cliente que ele tem um seguro para mitigar esses riscos. 

“Esta proatividade nos deixa mais próximos deste cliente num momento de aperto e isso cria laços com a marca”, garante Monteiro. Os serviços ofertados também. No seguro de acidentes pessoais vendidos pela Icatu, o cliente tem acesso a plataforma Betterfly, com uma série de desafios mensais que estimulam hábitos saudáveis, como pedalar, caminhar e meditar. 

Seguro para o carro também é um produto com boa penetração na maior carteira de crédito do BV, que conta com cerca de R$ 42,9 bilhões financiados até setembro passado. Na jornada deste cliente, além do prestamista, o seguro de automóvel é o mais ofertado. São oito seguradoras, com produtos customizáveis para atender diferentes perfis de consumidores. 

“Uma parte do perfil da base não tem risco para o seguro de automóvel completo, por isso conseguimos com as seguradoras a oferta modular com um nível muito baixo de burocracias como o preenchimento de questionários e perguntas que muitas vezes mais restringem o interesse do cliente por desconhecer termos técnicos. Na dúvida, ele não contrata. Monitorar isso nos ajudou a elevar significativamente a conversão das cotações em vendas não só no seguro auto como em todos os produtos que temos no marketplace”, conta. 

Para 2024, a agenda de Monteiro e equipe segue na mesma toada: cuidar bem do cliente e ampliar a oferta contextualizadas para os segmentos em que o banco vem crescendo, como é o caso de financiamento para pequenas e médias empresas, que já começou com o seguro fiança com 12 seguradoras parceiras, e painéis solares com produto ainda em construção na base da corretora. 

“Em todos os segmentos, como o PMEs que é totalmente diferente da venda de varejo, seguiremos com o cuidado em criar produtos e serviços que tenham uma relação com o financiamento, numa comunicação direcionada e cuidadosa”. Em PMEs, segundo ele, o processo de venda ainda é artesanal, com o vai e vem de documentos entre a corretora e seguradora. “Temos muitas oportunidades de automação neste processo e vamos avançar em 2024 para tornar dar respostas de forma mais simples aos clientes deste segmento tão importante da economia”.”, afirma. 

Os testes sobre qual a melhor forma de se comunicar com os clientes seguirão nas prioridades da agenda. “Este talvez seja o maior desafio da indústria de seguros. Saber como, quando e onde se comunicar com o cliente”, diz. Em 2023, uma pesquisa para um lançamento mostrou que é preciso encontrar o que o setor chama de “momento mágico”. O e-mail tem se mostrado uma forma com baixíssima conversão em vendas. WhatsApp vem crescendo, mas as ligações telefônicas ainda são imbatíveis, conta o executivo. 

“Sou adepto do seguro embarcado (embedded insurance) pela fluidez que ele traz para a jornada pela mudança do mindset, eliminando a crença de que comprou o seguro e tem de usar. Quanto acoplado ao crédito, o consumidor entende que ele comprou o crédito e o seguro veio acoplado por um preço mais acessível e diluído”, argumenta, afirmando que ainda é preciso muito trabalho conjunto com parceiros e equipe interna para acertar a comunicação desta modalidade e transformar este modelo uma realidade em grandes números. 

Monteiro também cita a necessidade do investimento em educação para novos produtos, como o seguro de carro “pay as you use” ou “pay as you drive”. “O cliente precisa entender que não é 100 reais por mês, o que daria 1,2 mil reais por ano.. Pode ser 80 reais por mês ou pode ser 120 reais por mês. Tudo vai depender das regiões onde circula, como dirige. É preciso investir na comunicação e ter um bom atendimento pós-venda para que o produto ganhe a confiança do consumidor”. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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