Insurtech Klimber fecha acordo com MetLife e expande operação na América Latina

Startup argentina será responsável pela interface entre seguradora e canais de distribuição de seguros embarcados

FONTE: Infomoney

Em vista de expandir sua atuação na linha de seguros de vida, a insurtech argentina Klimber anuncia um acordo comercial com o braço da seguradora americana MetLife na América Latina. O negócio garante à startup seu segundo braço de faturamento, expansão no mercado latino e maior relevância da operação brasileira no faturamento.

Juntas, as empresas formarão uma nova marca, a MetLife Accelerator, célula de transformação digital dentro da seguradora. Com a parceria, a Klimber passa a ter participação no faturamento da venda de seguros da MetLife, em um modelo que não envolve contratação de serviço ou pagamento de taxas.

A Klimber oferece soluções para digitalizar a distribuição de produtos de seguro nos canais de empresas, desenvolvendo ambientes para contratação e jornada do cliente, por exemplo. Nesse modelo de distribuição por canais digitais, as empresas reduzem custos com corretores, comissões e estrutura física, atingindo tickets médios menores. No Mercado Pago, fintech do Mercado Livre em que a Klimber é responsável pela oferta de seguros stand-alone — contratação direta pelo cliente —, há opções de contratação inferiores a R$ 10. 

A parceria com a MetLife marca um passo da empresa em direção aos seguros de vida embarcados, opções complementares em transações que não estão diretamente relacionadas com seguros. É o caso já implementado da companhia de venda de bilhetes para eventos Ticketmaster, por exemplo. “A pessoa compra um ingresso para ir a um show e tem lá uma lista de coisas que podem inviabilizá-la de ir. Se não puder ir por essas razões, ela tem o reembolso do seu ingresso por meio de um seguro”, explica Cristiano Saab, responsável pela operação da Klimber no Brasil. A empresa, então, cria uma interface entre o canal de distribuição (Ticketmaster) e a MetLife.

No primeiro momento, as companhias priorizam analisar quais clientes do portfólio da MetLife podem se beneficiar de novas soluções focadas no digital e começar a desenvolvê-las, casos já testados na própria Ticketmaster e na fabricante de motocicletas Yamaha. Mas isso não fecha as portas para o mercado. Recentemente elas ganharam, conjuntamente, uma concorrência pelo canal da empresa de bilheteria online Eventim e já estão implementando a tecnologia.

“Esse movimento com a MetLife nos impulsiona para abrir na Colômbia e Uruguai. Porque até então, em função do Mercado Livre, estávamos no Brasil, na Argentina, no Chile e no México”, diz Saab. De imediato, a Klimber passa a atuar em todos os países que já estava presente com o Mercado Pago e se instala na Colômbia e no Uruguai até o fim do primeiro quadrimestre de 2024. A nova parceria, esperam, vai contribuir para dobrar o faturamento da operação no Brasil, que hoje representa 63% do total, no próximo ano.

Embora esteja satisfeita com a abrangência nos países latinos, a Klimber não descarta a possibilidade de ir além. Tudo faz parte da estratégia. Agora que já possui um braço em seguros diretos e outro nos seguros de vida embarcados, a insurtech busca uma terceira empresa no ramo de elementares — perdas e danos fora do ramo de vidas. “O que pode vir a acontecer é fecharmos um acordo com uma seguradora que está em um mercado em que nós não estamos. Aí é uma expansão, mas uma expansão patrocinada”, explica Saab.

Devido ao novo acordo, o escritório da Klimber no Brasil aumentou o número de colaboradores de quatro para dez.  “O mercado brasileiro é tão maior que, mesmo diante da expansão [para outros países latinos], nossa tendência é crescer até um pouco mais [em representatividade no faturamento]. Ao final de 2024, o Brasil deve estar perto dos 70% [do faturamento]”, aponta Saab. A matriz da empresa concentra o desenvolvimento e o duro dos quase cem funcionários.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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