Reuters: IRB pretende manter índice de sinistralidade em 75%

"A faxina do passado está sendo feita este ano, se reflete nos números do ano que vem e 2025 é a estilingada"

Fonte: Reuters

O IRB “voltou ao normal”, após anos conturbados recentemente, e tem como meta estabilizar seu índice de sinistralidade em cerca de 75% em 2024, disse à Reuters o presidente da empresa, Marcos Falcão, ontem.

A companhia de resseguros passou por turbulências na esteira de um escândalo de fraude revelado em 2020, e teve que fazer um aumento de capital no ano passado após desenquadramento de requisitos regulatórios, influenciado por prejuízos mensais em sequência.

De lá para cá, a aposta de Falcão, que virou presidente do IRB no final do ano passado, foi a disciplina de capital e a melhora da gestão operacional.

“O IRB voltou ao normal e estamos nos preparando para o ano que vem”, disse ele à Reuters em evento do setor de seguros, Fides 2023, no Rio de Janeiro, acrescentando que o impacto de passivos deixados por gestões anteriores é cada vez menor. “Os esqueletos já sumiram do armário, mas de vez em quando pinta algo para gente pagar”.

Na semana passada, o IRB divulgou um lucro líquido de R$ 22,3 milhões em julho, em comparação com prejuízo de R$ 58,9 milhões no mesmo mês do ano passado.

Falcão disse que a meta é estabilizar o índice de sinistralidade do IRB em cerca de 75% em 2024. “A tendência é melhorar, e o passado vai ficando pra trás. É viável chegar perto de 75% no ano que vem”, afirmou ele.

A sinistralidade total do IRB ficou em 73,6% no segundo trimestre.

Outra meta é concentrar mais as operações na América Latina e alcançar 15% de faturamento na região, contra 10% atualmente, segundo ele. “É aqui que a gente faz diferença, conhece e somos mais importantes. É experiência. Até o segundo trimestre de 2024 chegamos nessa meta”, disse Falcão

Nesse sentido, a empresa pretende fechar seu escritório em Londres, segundo o executivo.

Falcão ainda disse acreditar que o IRB vai ser o principal player de resseguro da América Latina em 2025. “A faxina do passado está sendo feita este ano, se reflete nos números do ano que vem e 2025 é a estilingada”.

Sobre a Argentina, onde a empresa também tem escritório, o executivo afirmou que aguarda os desdobramentos das eleições presidenciais.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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