A AXA no Brasil quer atingir a marca de R$ 1,7 bilhão em 2023, após ter batido seu recorde no ano passado, com R$ 1,4 bilhão em vendas consolidadas com a integração das marcas AXA e XL. Se olharmos as projeções de crescimento do setor de seguros para este ano, de 10%, a meta de subsidiária local do maior grupo da França em avançar 19% é ousada.
“Fizemos a lição de casa no ano passado para fazer frente a um novo cenário de risco e de hábitos de consumo, em meio a um processo de integração das marcas e muitas das mudanças vão dar frutos neste ano. Construímos planos que abrangem novidades para corretores e parceiros, lançamento de produtos, uma jornada cada vez mais fluídas para nossos clientes, soluções em tecnologia e um posicionamento da marca cada vez mais forte”, disse a CEO Erika Medici, durante apresentação para jornalistas realizada no último dia 23.
É um feito e tanto, muitos conhecem a rotina de uma empresa que passa por um ano de integração. “Colocamos a companhia em pé em quatro meses. Transferimos um portfolio de R$ 630 milhões com zero interrupção dos negócios. Lançamos sete produtos, com 13 squads de trabalho e com o envolvimento de toda a companhia. Todos os corretores foram atendidos no tempo certo e o Brasil se tornou um exemplo de integração dentro do grupo”, ressaltou a executiva.
A estrutura foi redimensionada tendo em vista o acelerado crescimento que a seguradora vislumbra para o Brasil. A subsidiária local ainda tem uma participação pequena no resultado mundial, de 2%, mas faz parte dos países emergentes que mais vão crescer, juntamente com Colômbia, México, Turquia entre outros da Ásia.
O grupo iniciou o ano com um novo Comitê Executivo, que passou a ter sete membros reportando-se diretamente a Érica, no cargo desde fevereiro de 2020. Dos executivos da casa, Karine Brandão assumiu a vice-presidência comercial e marketing. Arthur Mitke, por sua vez, passa a fazer parte do Comitê Executivo como vice-presidente de Operações, Sinistros e Experiência do Cliente. Do mercado, juntam-se à companhia Ana Carolina Mello como vice-presidente de Subscrição e Bruno Porte como vice-presidente de Tecnologia e Transformação.
O segredo do sucesso para ser a marca preferida dos clientes e dos corretores está no uso da tecnologia e nas ações de marketing para consolidar a marca no Brasil. “Dar este salto no faturamento, de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,7 bilhão é um desafio grande. Mas será possível com o foco em dar inteligência regional aos nossos parceiros para que eles façam a diferença na vida de seus clientes. Queremos que corretores, clientes e funcionários olhem e digam: como é fácil trabalhar com a AXA”, afirmou Karine Brandão.
Como consequência desta visão 360 graus, a seguradora revisitou produtos, criou serviços e tem na pauta uma série de lançamentos para este ano. Não qualquer produto. Mas aqueles que fazem sentido para os corretores e clientes. “Somos uma startup madura. A ideia é criar produtos para todos os canais. Lançamos, por exemplo, um seguro exclusivo para equipamentos agrícolas para atender um corretor do sul do País. E é isso que queremos. Desenvolver soluções sob medida para nossos parceiros comerciais, como uma forma de realmente difundir a cultura de seguros no Brasil”, comentou Ana Carolina.
Mitke conta que a AXA criou o laboratório de soluções olhando para toda a companhia, com soluções digitais para que as áreas de negócios. ‘Queremos mais inteligência e menos atividades mecânicas. Há 2 anos, unificamos as operações de sinistros e atendimento do cliente, criando jornadas como as que eles estão acostumados em outras experiencias, como delivery, streaming e operações financeiras. Não só no self-service, mas com novas formas de interação, como conectar os corretores com APIs, com informações mais transparentes e mais rápidas”, ressalta como O vice-presidente de Operações, Sinistros e Experiência do Cliente.
E claro que as práticas sociais, ambientais e de governança (ASG) fazem parte desta conquista de cliente e de longevidade da marca. Um dos desafios é promover o conceito de “repair than replace”, ou seja, reparar em vez de substituir, como em aparelhos portáteis e não portáteis, por exemplo, e também incentivar o descarte consciente de peças e equipamentos. “Queremos ter o cliente como protagonista. Para isso, construímos uma comunicação orientada das ações ASG durante sua jornada com a AXA”.
Danielle Titton Fagaraz, superintendente de Gestão Comercial e Marketing da AXA no Brasil, ressalta o investimento no grupo no patrocínio da Roda Rico, cartão postal da cidade de São Paulo. “Este é o maior investimento de marca da AXA no Brasil. Nosso objetivo é chamar a atenção dos brasileiros sobre a importância do seguro, contar para que ele serve e que ele está disponível para todos os bolsos e para todas as pessoas. Não é só um patrocínio, e sim a tangibilização do que fazemos: seguros para todos os tipos de riscos de negócios de todos os tamanhos”, afirma a superintendente de marketing.