A insurtech Clubfix, que faz parte da segunda edição do sandbox da Susep (Superintendência de Seguros Privados), recebeu autorização para comercializar seguros de danos e de pessoas pelo tempo determinado de 36 meses. A empresa, que passa a chamar Clubfix Seguradora, com sede em Joinville (SC), ingressa no setor com capital social de R$ 1,1 milhão.
Desde 2017, a empresa vendia proteção de danos acidentais para equipamentos eletrônicos, como celulares, tablets e notebooks, novos e usados. “A Clubfix acredita que o seguro para celular deve ser tão simples como o uso de um celular, por isso desenvolveu sólidas estruturas operacionais e tecnológicas, aliadas a soluções 100% digitais. Podendo atender de ponta a ponta desde a venda, atendimento , regulação de sinistro , indenização com agilidade e simplicidade”, conta Sergio Prazeres, fundador e CEO.
Segundo o executivo, com experiência de quase 30 anos no setor de telefonia, a seguradora vai atuar em todo mercado nacional conforme plano de expansão, através de parcerias no B2B, bancassurance e corretores de seguros.
Apesar da queda de investimentos em insurtechs, Prazeres afirma que a empresa está apta a atuar como seguradora. No momento, disse, não há planos de capitalização ou de novas rodadas de investimentos. “A escassez certamente irá frear o crescimento de quem conta com recursos externos, para nos no momento não influencia”, afirmou.
A Pier, insurtech que optou por trabalhar com celulares, foi a primeira a deixar o sandbox da Susep e passou a atuar como seguradora em 2022, e ampliou o portfólio com o seguro de carro. Por ter um crescimento acelerado dentro do sandbox, a Pier teve de sair pois as vendas superaram os valores definidos nas regras do órgão regulador.
A Susep abriu duas rodadas de sandbox, que contam hoje com cerca de 20 empresas em fase de consolidação e testes. Há casos que não vingam. Em janeiro deste ano, a Susep divulgou a portaria 8.087/23, na qual suspendeu a comercialização dos planos de seguros de danos do grupo animais pela Coover Seguradora, autorizada a operar em fevereiro de 2021 dentro do sandbox. A Susep não explicou as razões que a levaram a adotar essa medida.