Homens lideram busca por seguro automóvel na internet

Estudo com 356 mil usuários feito pela insurtech Zipia mostra que 71% das pesquisas são feitas por homens e que 84% dos usuários preferem abordagem por chat ou whatsapp

Fonte: Zipia

Nos últimos anos, o comportamento do consumidor brasileiro vem mudando significativamente no que diz respeito à procura por produtos no mercado, muito por conta das novas tecnologias que facilitam as pesquisas. No setor de seguros, não é diferente, sobretudo na busca por seguros de automóveis.

Para entender melhor essas transformações, a Zipia, insurtech que conecta corretores de seguros com leads através do marketing digital, realizou um levantamento sobre o perfil do consumidor que procura por seguro auto na internet. A apuração feita pela empresa teve duração de 12 meses, utilizando como base 356 mil usuários que buscaram ativamente pela modalidade na web de janeiro a dezembro de 2022. 

O estudo aponta que 69% das buscas são feitas no celular. Dois terços das pesquisas são feitas por consumidores que ainda não possuem seguro de automóveis, enquanto um terço dos leads está cotando renovação – dado que aumentou em relação ao início do ano, quando o percentual de procura por novos seguros era próximo a 73%.

Gênero e faixa etária

O levantamento mostrou que a predominância dos usuários que pesquisam sobre seguro auto na internet é do sexo masculino (71%). Entre homens e mulheres, a idade média dos consumidores é de 39 anos, sendo a faixa etária mais frequente de 31 a 35 anos (18%).

Do universo pesquisado, 56% são do Sudeste, representatividade maior que os 53% da frota emplacada na região. Do total, 26% da procura por seguro auto são para carros com até 3 anos de uso, 25% de 10 anos ou mais – com média de 6,8 anos.

Quando perguntados, 84% dos leads apontaram que preferem prosseguir com o atendimento por Whatsapp ou chat (apenas 16% por telefone).

Crescente potencial de vendas

Para os profissionais do mercado de seguros, os dados levantados na pesquisa apresentam uma oportunidade grande e crescente. Cada vez mais, os clientes têm começado a jornada de compra na internet. Ainda assim, preferem falar com um profissional antes de fechar a compra. 

Com essa demanda, surgem desafios para os corretores de seguros: a construção de relacionamento e engajamento com o lead.

Segundo o estudo The Future Of Commerce Needs A New Media Approach, da Criteo, em parceria com a Forrester, melhorar a experiência do cliente (82%) é a principal prioridade das empresas em 2022. Os dados apontam que o foco também está na jornada do consumidor e o impulsionamento de vendas online/off-line (73%).

Os consumidores estão aproveitando os recursos das compras online e buscando produtos que conversem com suas expectativas. As pesquisas podem começar despretensiosas pelos smartphones, mas com o auxílio de um profissional, a intenção pode resultar em uma compra.

Existe um mito no mercado de que o cliente online só quer saber o preço do produto. Mas conforme mostrou a pesquisa da Zipia, a maioria dos leads deseja prosseguir o atendimento com um especialista para tirar dúvidas e obter mais informações. Top performers não são necessariamente aqueles que oferecem preços mais baixos, mas sim aqueles que engajam melhor com o cliente. 

Outro dado interessante levantado foi de que 14% dos consumidores que procuram por seguro auto ainda não possuem, de fato, o veículo. O percentual mostra que a qualificação do lead é um passo necessário que os corretores de seguros devem estar atentos.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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