América Latina segue na mira dos resseguradores, afirma estudo da Aon

O resseguro para agronegócio no Brasil experimentou alguns dos maiores aumentos de preços da região

A América Latina continua a apresentar aos resseguradores uma série de oportunidades de diversificação e crescimento, informa relatório da Aon. Seguro o estudo, os resultados da renovação na América Latina variaram por território em 1º de janeiro, com muitos mercados expostos a catástrofes e perdas experimentando aumentos de preços e restrições de capacidade.

As taxas de resseguro para catástrofes de seguros de bens e responsabilidades (Property & Casualty – P&C) aumentaram em várias regiões expostas a furacões, principalmente no Caribe, onde a capacidade era mais limitada. Os aumentos de preços de catástrofes na América Latina ficaram na casa dos dois dígitos, com variação considerável entre os mercados.

Enquanto isso, resseguro para agronegócio no Brasil experimentou alguns dos maiores aumentos de preços da região e reduções de limite nas apólices em resposta a grandes perdas por seca.Além disso, a renovação se beneficiou do trabalho contínuo para diferenciar os clientes latino-americanos e atrair capacidade de resseguro para a região.

“Fora da agricultura, os resultados da catástrofe na América Latina foram bastante positivos, enquanto vários mercados domésticos continuam a demonstrar crescimento subjacente. A capacidade, porém, não está acompanhando o aumento da demanda por resseguros, embora a desvalorização da moeda local frente ao dólar norte-americano tenha funcionado a favor do mercado nessa renovação”, comentam os autores.

Para eles, “quando a poeira baixar na renovação, estamos otimistas de que o capital começará a entrar no espaço de resseguro ao longo de 2023 e estabilizará o mercado, principalmente porque o benefício de preços e taxas de juros mais altos se torna visível nos ganhos.

“Para as seguradoras, a otimização de capital e resseguro é mais importante do que nunca, especialmente em um momento de exposições crescentes, capacidade limitada de resseguro e incerteza macroeconômica. No entanto, os clientes têm várias alavancas à sua disposição, incluindo posicionamentos integrados em propriedades e acidentes, soluções de resseguro herdadas e estruturadas, consultoria estratégica e análise de dados.”

A conclusão do estudo afirma que “todos estão trabalhando duro para criar capacidade adicional e garantir que as resseguradoras possam oferecer o máximo suporte aos nossos clientes na América Latina”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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