Financiamento global para insurtechs cai 49,5% em 2022, segundo estudo da Gallagher Re

Fonte: Reinsurance News

O investimento global em insurtech caiu 57%, para US$ 1,01 bilhão, no quarto trimestre de 2022, quando comparado ao trimestre anterior. Trata-se do mais baixo volume de capital desde o primeiro trimestre de 2020. O financiamento total anual em 2022 recuou 49,5% em relação a 2021, para US$ 7,98 bilhões, segundo estudo da corretora de resseguros Gallagher Re, divulgados em fevereiro de 2023.

A situação é pior no setor de Property & Casulty (P&C), onde o financiamento do quarto trimestre caiu 64,4%, para US$ 630,16 milhões, enquanto os investimentos totais do quarto trimestre em vida e saúde caíram 33,7%, para US$ 383,76 milhões.

A Gallagher Re também relata que o tamanho médio dos negócios em 106 rodadas caiu 42,3%, para US$ 11,79 milhões, e que as insurtechs atraíram US$ 6,51 bilhões a menos em financiamento de mega-rodadas – uma queda de 66,7% ano a ano.

O financiamento em estágio inicial caiu menos dramaticamente, 25,1% em relação ao trimestre anterior, para US$ 408,27 milhões no quarto trimestre, impulsionado por uma queda de 51,3% no financiamento de P&C em estágio inicial em 50 negócios com média de US$ 4,63 milhões. O nicho de vida e saúde surpreendeu. De acordo com o relatório, o financiamento de Life & Health (L&H) em estágio inicial aumentou no quarto trimestre em 46,5%, para US$ 213,64 milhões, impulsionado por quatro negócios superiores a US$ 40 milhões.

O relatório mostra que os sete principais países receptores de investimentos em insurtech em 2022 foram os EUA, o Reino Unido, a Alemanha, a França, a Índia, Israel e a Austrália, todos com mais de US$ 200 milhões, mas as empresas americanas, com US$ 4 bilhões, receberam 35% mais investimento do que os próximos seis países juntos.

Embora as condições tenham sido amplamente desafiadoras, os analistas observam que um pequeno número de negócios individuais teve um desempenho notavelmente bom, com a Combinator registrando o maior número de negócios individuais, com 17 rodadas concluídas, seguido por Gaingels e Anthemis com 12 negócios cada.

“2022 provocou um êxodo de provedores de capital terceirizados, fazendo com que o setor voltasse a se concentrar no prêmio real: adoção mais ampla de tecnologia apropriada para tornar todo o processo de seguro mais eficiente, econômico e menos complexo, levando a uma melhor experiência do cliente ”, explicou Andrew Johnston, Global Head of InsurTech na Gallagher Re.

Em termos de valor total do investimento, a Greycroft liderou a lista da Gallagher Re, tendo investido US$ 699 milhões em nove transações durante o ano. A seguir vem a OMERS Ventures com US$ 592 milhões registrados, incluindo uma parte da única mega-rodada do quarto trimestre, para a Clearcover. E o terceiro foi a Allianz X, com US$ 565 milhões em três negócios.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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