Perdas com catástrofes naturais chegam a US$ 120 bilhões em 2022, segundo Munich Re

Em 2022, o volume de indenizações ultrapassa R$ 10 bilhões

Com perdas totais de cerca de US$ 270 bilhões (US$ 320 bilhões no ano anterior) e perdas seguradas de aproximadamente US$ 120 bilhões (US$ 120 bilhões no ano anterior), 2022 se junta à série de anos recentes com altas perdas. As perdas gerais ficaram próximas da média dos últimos cinco anos, enquanto as perdas seguradas ficaram significativamente acima da média (2017–2021: US$ 97 bilhões).

Segundo estudo divulgado pela Munich Re, o alto nível contínuo de perdas seguradas está afetando as seguradoras em um momento em que elas estão tendo que lidar com altas taxas de inflação e uma base de capital cada vez menor devido ao aumento das taxas de juros. Por outro lado, o efeito positivo sobre os investimentos de taxas de juros mais altas só virá com o tempo.

Em uma das raras citações neste estudo anual, aparece o Brasil. Uma seca severa ocorreu na América do Sul. No sul do Brasil, as quebras de safra causaram bilhões de dólares em perdas, de acordo com um instituto de pesquisa agrícola estatal. Em 2022, o volume de indenizações ultrapassa R$ 10 bilhões.

“Dois fatores devem ser lembrados ao considerar os números de desastres naturais de 2022. Em primeiro lugar, estamos vivenciando condições de La Niña pelo terceiro ano consecutivo. Isso aumenta a probabilidade de furacões na América do Norte, inundações na Austrália, secas e ondas de calor na China e chuvas de monção mais fortes em partes do sul da Ásia. Ao mesmo tempo, a mudança climática tende a aumentar os extremos climáticos, com o resultado de que os efeitos às vezes se complementam”, explica Ernst Rauch, Cientista Chefe do Clima da Munich Re.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

2 COMENTÁRIOS

  1. Boa tarde
    Sou subscritor desta vossa prestigiada Revista.
    Eu e mais uma pessoa estamos a criar uma Revista denominada Risco & Seguro na qual serão abordados temas sobre o seguro e com os aspectos formativos para os profissionais desta indústria.
    Gostaria que fosse permitida a inserção de alguns artigos vosso e com as devidas referências das fontes, na Revista em causa.
    Fernando Baloi

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