Mercado segurador arrecada R$ 156,1 bi até novembro com venda de seguros gerais e de vida

Boletim IRB+Mercado mostra que o faturamento de janeiro a novembro de 2022 totalizou R$ 156,1 bilhões, crescimento aproximado de 22%. Sinistralidade recuou 5,7 pontos percentuais em novembro

Em mais um mês de crescimento, o mercado de seguros encerrou novembro do ano passado com alta de 20,2% no faturamento, ante novembro de 2021, totalizando R$ 14,4 bilhões em prêmios emitidos. A participação mais expressiva para o bom desempenho do setor veio do segmento Automóvel, que faturou R$ 1 bilhão a mais no período (+28,8%). Apenas Crédito e Garantia registrou retração: -10,3%. Os dados fazem parte da 27ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, produzido com base nos dados publicados pela Susep – órgão que regula o setor – em 26/12.

No acumulado de janeiro a novembro de 2022, a arrecadação das seguradoras chegou a R$ 156,1 bilhões, crescimento de quase 22% ante os 11 primeiros meses de 2021, o que significa um acréscimo de R$ 28 bilhões. O destaque foi para o segmento Rural que teve a variação mais acentuada: 40,4%. 

O índice de Sinistros Ocorridos sobre o Faturamento de Competência registrou queda de 5,7 pontos percentuais (p.p.) em novembro do ano passado, na comparação com o mesmo mês de 2021. A recuperação na sinistralidade foi impulsionada, principalmente, pelo segmento Vida (-6,4 p.p.). No ano, o índice cresceu 0,1 p.p. em relação à taxa registrada no mesmo período de 2021, devido, principalmente, ao segmento Automóvel (+8,5 p.p.).

Por segmento

Em novembro, Vida registrou faturamento de R$ 5,1 bilhões, alta de 16,5%. No ano, o segmento, que representa 33,9% do total arrecadado pelo setor, totaliza R$ 53 bilhões (+13,9%). Após os impactos da covid-19, a sinistralidade mantém a trajetória de redução, com queda de 14,7 p.p. no ano, atingindo 31,5%.

Já o segmento Automóvel registrou faturamento de R$ 4,5 bilhões em novembro, alta de 28,8% na base anual. No acumulado de 2022, o segmento cresceu 34% (R$ 46 bilhões). Em relação à sinistralidade, no 11º mês, a taxa registrou a segunda retração consecutiva (-12,3 p.p.) e atingiu 64,6%, enquanto no acumulado de janeiro a novembro, a taxa foi de 70,4%, incremento de 8,5 pontos percentuais.

Danos e Responsabilidades faturou R$ 2,4 bilhões em novembro (+23,6%) e R$ 27,6 bilhões (+18,3%) no acumulado de 2022. O produto Riscos Nomeados e Operacionais foi o que mais colaborou com esse avanço em ambos os períodos analisados. Quanto à sinistralidade, no acumulado do ano, a taxa reduziu 4,5 p.p., atingindo 38,8%.

Individuais contra Danos faturou, em novembro, R$ 1,2 bilhão (8,7%). O acumulado de 2022 do segmento foi de R$ 11,8 bilhões (+9,7%), influenciado, sobretudo, pela linha de negócio Patrimonial. A sinistralidade, após dois meses de retração, voltou a crescer em novembro com aumento de 19,2 p.p. em relação a igual período de 2021, atingindo 37,9%. Nos 11M22, a taxa foi de 37%.

Rural avançou, em novembro, 28,7%, no comparativo com o mesmo mês em 2021, ao arrecadar R$ 818 milhões. No acumulado, atingiu R$ 12,7 bilhões e registrou variação positiva de 40,4%. Até novembro, a sinistralidade foi de 100%, não obstante a retração de 25,3 p.p. em novembro.

Já Crédito e Garantia arrecadou R$ 391 milhões em novembro, registrando retração de 10,3%, em relação ao mesmo período de 2021. Essa variação negativa não foi suficiente para reverter a trajetória anual de crescimento. Até novembro, o faturamento avançou 21,3%. Quanto à sinistralidade, no acumulado do ano, a taxa foi 33,4%, aumento de 15,3 p.p..

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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