Lucro das seguradoras volta ao patamar pré-pandemia em novembro de 2022

Nos 11 meses de 2022, o ganho ultrapassou R$ 15,7 bilhões comparado aos cerca de R$ 16 bilhões em 2020 e 2019. Em 2021, o setor registrou, até novembro, R$ 7,1 bilhões.

Depois de indenizar quase 300 mil famílias por mortes relacionadas a Covid-19, outros bilhões para produtores rurais com perdas pelas intempéries do tempo como seca e excesso de chuvas e milhares de motoristas de automóvel envolvidos em acidentes ou roubos, as seguradoras conseguiram retomar o patamar de lucratividade de 2019. Até novembro de 2022, o ganho ultrapassou R$ 15,7 bilhões, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), consolidados pela consultoria Siscorp. O valor mais do que dobrou, considerando os R$ 7,12 bilhões em mesmo período de 2021. Em 2020 e 2019, o ganho médio situou-se em R$ 16 bilhões no mesmo período analisado.

A Bradesco, que representou R$ 2 bilhões do lucro total até novembro de 2021, avançou para R$ 3,8 bilhões até novembro de 2022. O Banco do Brasil passou de R$ 1,98 bilhão para R$ 3,7 bilhões. A Caixa de R$ 1,97 bilhão para R$ R$ 2,4 bilhões. Somadas as três maiores que compõem o clube do bilhão, representam R$ 10 bilhões em ganho, restando cerca de R$ 5,7 bilhões para as outras 50 seguradoras ativas no país.

O número de seguradoras amargando prejuízo recuou. Em novembro de 2021, a lista somava 14. Em 2022, sete. É um resultado expressivo e mostra que todo o mercado de seguros colheu frutos dos reajustes de preços em seguro rural e em automóvel, do lançamento de produtos como proteção para roubo e furto de PIX e celulares, da melhora da jornada do cliente, excepcionalmente em vida e residência, e da expansão da base de distribuição de corretores, bancos digitais e varejistas.

Parabéns aos envolvidos. Principalmente para aqueles que investem em políticas sustentáveis, como o treinamento incansável e gratificações para a equipe de funcionários e para os corretores, dois times que, comprometidos, são essenciais para levar proteção de seguros para toda a sociedade. E também ao time de comunicação, que finalmente ganhou status de prioridade na estratégia das companhias, com uma importância similar ao do marketing.

2023 está apenas começando e estamos ansiosos para divulgar tantas novidades colocadas nos planejamentos de todos que compõem este setor formado por 161 seguradoras, 119 empresas de resseguros, 16 sociedades de capitalização, 13 entidades abertas de previdencia complementar, 937 seguradoras e planos de saúde. Juntas, geram 225 mil empregos, de acordo com dados da CNseg, a confederação nacional das seguradoras.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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