IRB Brasil Re acumula prejuízo de R$ 633,7 milhões até novembro

As vendas somaram R$ 7,1 bilhões no acumulado até novembro, com redução de 9,6%

O IRB Brasil Re divulgou prejuízo líquido acumulado de R$ 633,7 milhões nos primeiros onze meses de 2022, ante um prejuízo líquido no mesmo período de 2021 de R$ 510,4 milhões. O prejuízo líquido do mês de novembro de 2022 foi de R$ 48,5 milhões, comparado a um prejuízo de R$ 113,8 milhões em novembro de 2021, informa comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As vendas, contabilizadas em prêmio emitido, somaram R$ 7,1 bilhões no acumulado até novembro, com redução de 9,6% em relação ao mesmo período de 2021. No Brasil houve crescimento de 1,4%, atingindo R$ 4.9 bilhões, enquanto no exterior houve redução de 26,8% em relação ao mesmo período de 2021, com R$ 2,26 bilhões. Em novembro de 2022, o prêmio emitido totalizou R$ 542,4 milhões, uma queda de 23,2% em relação a novembro de 2021. O prêmio no Brasil caiu 6,9% no mês, para R$ 402,8 milhões, enquanto o prêmio no exterior caiu 49%, para R$ 139,6 milhões.

Nos primeiros onze meses de 2022, a despesa com sinistros totalizou R$ 4,6 bilhões, 9% menor quando comparada com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos 11 meses de 2022, o índice de sinistralidade foi de 104,7%, comparado a 98,1% no mesmo período de 2021. Conforme amplamente divulgado, a despesa com sinistros no período foi impactada no segmento Agro pelos eventos climáticos atípicos no Centro-Sul do Brasil e no segmento Vida pela Covid-19. Em novembro de 2022 a despesa de sinistro foi de R$ 384,6 milhões, com índice de sinistralidade de 96%. A despesa de sinistro em novembro de 2021 foi de R$ 413,3 milhões, com índice de sinistralidade de 108,4%.

Em recente entrevista à Reuters, Marcos Falcão, que assumiu o comando do IRB em novembro passado, disse que a resseguradora não planeja fazer novo aumento de capital e aposta numa melhora de gestão e dos números operacionais nos próximos meses para voltar ao azul em 2023.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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