O Banco Central divulgou neste mês que tem duas pautas importantes e que se encaixam nas demandas do mercado de seguros. O principal produto a ser trabalhado no próximo ano pelo Banco Central é o Pix Automático. O novo produto vai atender a pagamentos recorrentes, como serviços públicos e outras contas que exijam pagamentos periódicos (escolas, academias, assinaturas, serviços de streamings entre outros). “E seguros”, afirma Dyogo de Oliveira, presidente da CNseg, a confederação nacional das seguradoras. “Principalmente para seguros populares. Se as seguradoras eliminam o custo de cobrança, o preço do seguro tende a cair”, comenta. A função será similar ao que ocorre no débito em conta atualmente, mas sem depender de convênios bilaterais, com uma experiência de uso padronizada e aprimorada, utilizando todos os benefícios do Pix.
Outro benefício para seguros a partir da agenda do Banco Central e com a agenda dos bancos em segurança. O Pix vai contar com um novo dispositivo de segurança para marcação de fraude. Atualmente, qualquer conta usada para fraudes, as conhecidas “contas laranjas”, ficam marcadas como suspeitas. A partir do ano que vem, os CPFs dos seus donos serão identificados sob suspeita, o que irá aumentar a segurança, pois evita que esses “laranjas” continuem criando e usando novas contas para fraudes. Também está previsto o desenvolvimento de uma nova versão do Mecanismo Especial de Devolução, o MED 2.0. O propósito é aumentar a eficácia do sistema de devolução de recursos que foram objeto de fraude.
Várias seguradoras lançaram seguro para indenizar clientes por perdas com fraudes no PIX. Com maior segurança, as indenizações tendem a cair, o que tecnicamente deve resultar na queda do preço do seguro, que tem como principal indicador de precificarão a fraude e o custo com pagamentos aos clientes.
Em dois anos de Pix, o meio de pagamento não para de crescer. Cada vez mais empresas estão oferecendo a forma de pagamento tanto em e-commerce quanto em lojas físicas. As compras em estabelecimentos comerciais, que representavam 5% das transações no início do funcionamento do Pix, já representam 23% do total.