Fonte: Fenacap
O mercado de Capitalização cresceu – no acumulado janeiro-novembro de 2022 –, 16,8% sobre igual período de 2021, com receitas que totalizaram R$ 25,9 bilhões. Para a Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), esse desempenho reforça a retomada do setor e a perspectiva animadora para 2023. As reservas técnicas, que demonstram a solidez financeira do segmento, atingiram R$ 36,8 bilhões, alta de 10,8%. Elas ajudam para a formação de reserva interna e nos investimentos econômicos e sociais.
Por região, o Norte apresentou maior crescimento (29,3%), seguido do Nordeste (25,7%), Centro-Oeste (21,3%), Sul (16,2%) e Sudeste (14,0%). Denis Morais, presidente da FenaCap, explica que a Capitalização cumpriu o seu papel como um instrumento de geração de reserva de emergência, ao mesmo tempo que injetou R$ 19,8 bilhões oriundos de recursos provenientes de resgates e sorteios na economia brasileira.
Foram cerca de R$ 5,8 milhões liberados na economia a cada dia útil deste ano. “O nosso objetivo é manter o crescimento em dois dígitos no próximo ano e voltar aos índices de desempenho verificados nos anos anteriores à pandemia. O desempenho foi positivo em todos os estados do país”, explica Denis Morais.
Outro ponto importante verificado no período foi o volume de recursos pagos pela modalidade Filantropia Premiável, em que o consumidor cede o direito de resgate de sua reserva para uma instituição previamente credenciada pelas empresas de Capitalização, permanecendo com o direito de concorrer a prêmios. Nestes 11 meses de 2022, os produtos contribuíram com um aporte de mais de R$ 1,36 bilhão às entidades que realizam ações voltadas ao trabalho social.
Os títulos tradicionais de Capitalização continuam liderando as vendas, com 74% da receita, seguidos pelas modalidades Filantropia Premiável (11%), Instrumento de Garantia (11%) e Incentivo (3%). Popular e Compra Programada somam o 1% restante.
“É importante ressaltar que um dos diferenciais competitivos da Capitalização é a sua diversidade e a sua capacidade de se reinventar. Com os avanços regulatórios, o setor deixou de ter praticamente uma única opção de produto para se transformar em um segmento capaz de criar outros modelos de negócios, com atuação de produtos em garantia de aluguel, filantropia, ações de marketing voltadas à retenção de clientes, só para citar alguns exemplos”, complementa Denis Morais.