Ações da corretora Wiz caem após saída do CEO Heverton Peixoto

Dado o sua importância para o sucesso recente de Wiz, vemos sua saída como negativa", diz o BTG em relatório

Com agências

As ações da Wiz despencam 14% na manhã de ontem, após a companhia anunciar na noite de sexta-feira a saída do CEO Heverton Peixoto. Há quase cinco anos no comando da corretora de seguros, ele transformou a Wiz em um grande conglomerado, liderando M&As (fusões e aquisições) e parcerias e diversificando a receita. Dado o sua importância para o sucesso recente de Wiz, vemos sua saída como negativa, mas mantemos nossa recomendação de ‘compra’ devido à avaliação barata da ação”, diz o BTG em relatório.

O conselho de administração da Wiz decidiu romper o contrato com o atual CEO da empresa, Heverton Peixoto, que ficará à frente da companhia até 15 de janeiro. Em comunicado, a empresa diz que a decisão foi tomada em comum acordo. Segundo o portal NeoFeed, os conselheiros estavam descontentes com a estratégia agressiva de M&A da companhia. Um novo CEO deve ser anunciado em breve. Após 15 de janeiro, assume interinamente Marcus Vinicius de Oliveira, atual diretor financeiro, que acumulará as duas funções.

Peixoto está na Wiz desde janeiro de 2017. Mas assumiu como CEO em março de 2018. O executivo teve que lidar com o fim do contrato da Caixa, um dos acionistas de referência da empresa, e que representava boa parte do faturamento da empresa de seguros. Sua tática foi implementar uma agressiva estratégia de joint ventures, na tentativa de ir reduzindo gradualmente a dependência da Caixa – hoje, na casa dos 50%.

Sua gestão é marcada por associações com Banco de Brasília (BRB), Banco Inter e Bmg, Galapagos, Capital, Paraná Branco e até com concessionárias de automóveis, a exemplo da Caoa, e varejistas, como a Polishop.

Em nota, a companhia informou que o “momento agora é de consolidação dos negócios firmados e recém-adquiridos. No terceiro trimestre deste ano, a Wiz obteve um lucro líquido de R$ 68,2 milhões, alta 163,9% maior que a registrada antes. A receita líquida do período foi R$ 238,6 milhões, com alta de 22,9% em relação ao terceiro trimestre de 2021. A expectativa da empresa era obter uma receita bruta entre R$ 920 milhões e R$ 1 bilhão em 2022.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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