Humberto Sardenberg, da Icatu Seguros, viabiliza o engajamento em tempos de mudanças

Quanto melhor a jornada do corretor e do cliente, mais negócios eles concentram com a seguradora, afirma o executivo

Facilitar a vida do corretor, dos parceiros e dos clientes. Este é o dia a dia de Humberto Sardenberg, superintendente de Experiência Digital da Icatu. Nos últimos cinco anos, a seguradora investiu R$1 bilhão em tecnologia. “As áreas de seguro de vida e previdência serão as de maior crescimento nos próximos anos. Por isso, facilitar a jornada digital é a nossa missão diária. Monitoramos a satisfação do usuário e, se percebemos qualquer movimento de recuo, paramos tudo para descobrir o que aconteceu e partimos para melhorar o design, a informação, o processo”, conta ao Sonho Seguro.

Há 16 anos atuando com inovação, Sardenberg diz que este é um momento incrível. Os clientes querem ter a mesma experiência em seguros que já estão acostumados em outros segmentos da economia, como streaming, bancos e delivery de comida, por exemplo. Apertou um botão e resolveu. “Com a pandemia e todos em casa, tivemos de acelerar todos os processos de digitalização. Colocamos no ar muitos projetos que estavam numa fila de prioridades e eles desencadearam muitos outros. Antes, esperávamos três anos para ter o resultado de uma inovação. Agora, sabemos instantaneamente se funciona e fazemos as correções rapidamente, podendo seguir com novas ideias que surgem diariamente”, diz entusiasmado.

Entre as diversas frentes de inovação, Sardenberg cita duas plataformas. Uma delas é a Casa do Corretor, uma plataforma digital 360ª desenvolvida exclusivamente para a gestão de vendas e carteira dos corretores parceiros, que tem apresentando um crescimento relevante. Segundo o executivo, no primeiro semestre foram realizadas mais de 70 mil operações, 40% a mais do que no mesmo período do ano passado. “Nas transações via celular, inclusive para vendas, o crescimento foi de 100%, o que mostra que todos voltaram para a rua, fechando negócios na palma da mão, mesmo antes de chegar ao escritório para acessar o computador”, comemora. 

Um passo recente foi levar a Casa do Corretor para o Metaverso, empoderando o corretor cada vez mais no papel de democratizar o acesso à proteção e planejamento financeiro para os brasileiros. A iniciativa representa o início do nosso Metaverso centralizado, com um ambiente construído de forma personalizada, com a possibilidade de expandir e agregar novas experiências futuras em um ambiente único. Já a plataforma do cliente foi idealizada para o autoatendimento, como mudança de endereço, de beneficiário, forma de pagamento e outras burocracias antes feitas por intermédio do corretor. “Liberamos o profissional de vendas destes afazeres para que ele tenha mais tempo para se dedicar às vendas, que é o seu ponto forte”. 

Sardenberg afirma que a experiência digital não é inventar a roda. “É melhorar processos. Com a pandemia, por exemplo, o cliente estava distante do corretor e precisava assinar o contrato. Digitalizamos. O corretor não estava frente a frente com o cliente para fazer a subscrição do risco. Então, aprimorarmos a análise de dados para ajudá-lo a finalizar uma proposta a distância com segurança. Pagar o seguro de vida ou fazer aporte? Pode ser até pelo PIX hoje”, conta. Sardenberg ressalta que o corretor faz o trabalho mais nobre. “Os robôs lidam com regrinhas, mas não entendem as angústias do momento. Só o corretor pode fazer isso e recomendar as melhores opções para o cliente”. 

Todas as ações visam elevar o número de pessoas protegidas financeiramente por um seguro ou com um plano de previdência privada. Quanto melhor for a experiência do corretor e do cliente com a seguradora, mais negócios. “Há uma correlação entre satisfação do cliente com o retorno financeiro para o corretor e para a seguradora. Quanto melhor a jornada, mais negócios ele concentra dentro de casa. A previdência privada tem a capacidade de gerar boa experiência. E este cliente acaba gerando mais negócios com os parceiros comerciais”, afirma. 

Ele conta ainda que a Icatu investe pesado em pesquisas, que ditam o rumo da equipe de inovação. Segundo ele, captar informações ajuda o time a facilitar processos e a economizar tempo e dinheiro. A venda de seguro de acidentes pessoais foi uma das descobertas da Icatu em suas pesquisas. “Achávamos que o corretor vendia considerando a idade, mas não. Os corretores afirmam que é o contexto da conversa, como saúde, ter dinheiro no bolso e até mesmo o tempo de conversa. Com isso, alteramos a experiência para ser mais contextual do que por segmentação. Squads e times que viabilizam pesquisas são mais assertivos”, afirma Sardenberg. 

E há muito a ser conquistado. Outra recente pesquisa da Icatu com corretores revelou que 66% deles acreditam que venderam mais seguro de vida nos últimos 12 meses. Inclusive de vida individual. “Quando ouvimos o usuário, podemos gerar resultados de impacto na vida das pessoas para quem construímos nosso produto. Cerca de 90% dos corretores ainda não vendem vida e previdência”, cita. 

O seguro de vida representa menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, quando a média mundial ultrapassa 6%. “Temos um grande mercado a conquistar. Estamos dedicados para facilitar o máximo possível a venda para que eles abracem esta grande oportunidade de negócio que temos no Brasil, principalmente depois de superarmos a pandemia e termos a certeza da importância que a população passou a dar à proteção financeira. E o seguro de vida é muito democrático. Tem produtos a partir de R$13 por mês e planos de previdência com depósitos mensais de R$ 100”, conclui Sardenberg.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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