Seguradoras registram crescimento de 29,4% em agosto, revela estudo do IRB

Boletim IRB+Mercado mostra que arrecadação atingiu R$ 16,3 bilhões. Já a sinistralidade recuou 7,9 pontos percentuais no oitavo mês de 2022

Fonte: IRB

O mercado de seguros teve crescimento recorde em agosto. É o que revela a 24ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, produzido com base nos dados publicados pela Susep – órgão que regula o setor – em 03/10. No oitavo mês do ano, o faturamento das seguradoras teve alta de 29,4% em relação ao mesmo período de 2021 e alcançou R$ 16,3 bilhões. É o maior crescimento nominal do ano. No acumulado, os prêmios emitidos em 2022 já superam em R$ 19,3 bilhões o faturamento registrado em igual período do ano passado, chegando a de R$ 111,25 bilhões.

Os dados apontam ainda recuo no índice de sinistralidade (sinistros ocorridos sobre o faturamento do mês) em agosto. Houve baixa de 7,9 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mesmo mês de 2021. A recuperação foi impulsionada pelos segmentos Vida (-17,7 p.p.) e Corporativos de Danos e Responsabilidades (-19,6 p.p.), que compensaram o crescimento da taxa nos demais segmentos. No acumulado do ano, o índice cresceu 2,8 p.p. em relação à taxa registrada nos oito primeiros meses do ano passado, impactado principalmente por Rural (52,8 p.p.) e Automóvel (13,7 p.p.)

Por segmento

Em agosto, Vida, que representa 33,7% do total arrecadado pelo setor nos primeiros oito meses do ano, registrou faturamento de R$ 5,4 bilhões, alta de 17,4%. No ano, totaliza R$ 37,5 bilhões (+12%). A sinistralidade até agosto registrou queda de 18,2 p.p. e, com isso, atingiu 32,1%, em conformidade com o observado desde o início do ano.

A alta nos preços de veículos e de peças ainda impacta os prêmios emitidos no segmento Automóvel. Em agosto, houve alta de 45,5% frente ao mesmo mês do ano anterior, com faturamento de R$ 5 bilhões. Já no acumulado de 2022, alcançou R$ 32,5 bilhões, alta de 33,9%. A sinistralidade acumulada de janeiro a agosto foi de 72,6%.

Já o segmento de Danos e Responsabilidades faturou R$ 2,5 bilhões em agosto (+27,6%) e R$ 20,3 bilhões (+18,1%) no acumulado de 2022. A sinistralidade do ano recuou 4,2 p.p., ficando em 40,8%. Individuais contra Danos faturou, no oitavo mês do ano, R$ 1,2 bilhão (+11,5%). O acumulado de 2022 foi de R$ 8,4 bilhões (+8,9%). A taxa de sinistralidade de janeiro a agosto foi de 37,9%, aumento de 7,8 p.p. em relação a igual período de 2021.

Rural obteve avanço, em agosto, de 51,7%, no comparativo com o mesmo mês em 2021, ao arrecadar R$ 1,9 bilhão, maior faturamento de 2022. No acumulado, atingiu R$ 9,1 bilhões e registrou variação positiva de 43%. A sinistralidade mensal caiu 12,3 p.p. e ficou em 51,2%. No ano, atingiu 131,8%.

Por fim, Crédito e Garantia obteve, em agosto, arrecadação de R$ 465 milhões (+16,8%). No acumulado do ano, o progresso do segmento foi de 18%, com cerca de R$ 3,5 bilhões. A taxa de sinistralidade cresceu 5,2 p.p. de janeiro a agosto, atingindo 25,4%, como reflexo da variação positiva de 42,3% dos sinistros ocorridos frente ao mesmo período do ano passado.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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