O mercado de seguros cresceu 20,2% em julho em relação ao mesmo período de 2021, com faturamento de R$ 14,9 bilhões. É o que mostra a 23ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, produzido com base nos dados publicados pela Susep – órgão que regula o setor – em 12/09. No acumulado de 2022, as seguradoras registraram faturamento de R$ 94,9 bilhões, com alta de 19,7% frente a igual período do ano passado.
Os dados apontam ainda recuo no índice de sinistralidade (sinistros ocorridos sobre o faturamento do mês) em julho. Houve baixa de 12,6 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mesmo mês de 2021. A recuperação foi impulsionada por Rural (-105,3 p.p.), Vida (-21,3 p.p.) e Corporativos de Danos e Responsabilidades (-8,1 p.p.), que compensaram o crescimento da taxa nos demais segmentos. No acumulado do ano, o índice cresceu 4,5 p.p. em relação à taxa registrada no mesmo período do ano passado, impactado principalmente por Rural (63,1 p.p.).
Por segmento
Em julho, Vida, que representa 33,8% do total arrecadado pelo setor nos primeiros sete meses do ano, registrou faturamento de R$ 4,7 bilhões, alta de 6,6%. No ano, totaliza R$ 32,1 bilhões (+11,1%), com destaque para os produtos Vida e Viagem que avançaram 16,4% e 226,9%, respectivamente. A sinistralidade até julho registrou queda de 18,4 p.p. e, com isso, atingiu 32,2%, retornando ao patamar histórico anterior aos impactos da covid-19.
Responsável por 47,6% do crescimento do mercado de seguros em julho, Automóvel evoluiu 35,2% frente ao mesmo mês do ano anterior. No sétimo mês do ano, registrou faturamento de R$ 4,6 bilhões (+35,2%) e, no acumulado, R$ 27,5 bilhões. A sinistralidade acumulada do ano foi de 73,1%, alcançando a maior taxa desde o início da série histórica, em 2014, como reflexo da alta de preços dos produtos.
Já o segmento de Danos e Responsabilidades faturou R$ 2,5 bilhões em julho (+15,7%) e R$ 17,8 bilhões (+16,9%) no acumulado de 2022. A sinistralidade recuou 1,9 p.p., ficando em 41,7%. Individuais contra Danos faturou, no sétimo mês do ano, R$ 1,1 bilhão (+6,9%). No acumulado, R$ 7,2 bilhões (+8,5%). A taxa de sinistralidade em julho foi 38,4%, aumento de 8,2 p.p. em relação a igual período de 2021.
Rural obteve avanço de 48% ao arrecadar em julho R$ 1,6 bilhão. No acumulado, atingiu R$ 7,3 bilhões e registrou variação de +40,9%. Foi a melhor evolução do setor em ambos os cenários. A alta taxa de crescimento reflete o volume direcionado ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Os sinistros ocorridos, no mês, reduziram 56%, porém, no acumulado do ano, o crescimento atingiu 146,5%, com impacto na sinistralidade: 144,7% nos 7M22.
Por fim, Crédito e Garantia obteve, em julho, arrecadação de R$ 490 milhões (+27,7%). No acumulado do ano, o progresso do segmento foi de 18,2%, com R$ 3,1 bilhões. A taxa de sinistralidade, apesar de ter aumentado 5,9 p.p. na comparação aos setes meses iniciais de 2021, está abaixo da média histórica: 25,3%.