A disputa no mercado de resseguro brasileiro está acirrada. Os problemas enfrentados pelo IRB Brasil Re nos últimos dois anos ainda não foram suficientes para tirar dele a liderança do setor. Mas tem perdido participação de mercado, o que movimenta os concorrentes, que buscam ganhar clientes inseguros com a solvência do ressegurador brasileiro, além de ampliarem o leque de produtos que permitem que seguradoras tenham capacidade financeira para testar novos mercados. Também se nota a busca das seguradoras por proteção para riscos antes retidos dentro de casa, como automóveis.
O mercado ressegurador local registrou prêmios cedidos de R$ 25 bilhões até junho deste ano, considerando os últimos doze meses, alta de 24,5%. Considerando-se apenas o primeiro semestre deste ano, os prêmios cedidos por seguradoras brasileiras avançaram 25%, de 7,7 bilhões para R$ 9,6 bilhões. Os riscos patrimoniais lideram, seguidos por rural, riscos financeiros e automóvel, segundo a 39ª edição do Austral Report, que traz uma visão 360° do mercado de resseguros no Brasil.
Interessante notar as mudanças das maiores do setor, tendo sempre o IRB Brasil RE como líder desde 2015 até hoje. Ma Neste período, Zurich, Munich e Mapfre se alteram na segunda posição do ranking. Allianz e Swiss Re brigam pela terceira posição.
Com informações atualizadas de 2022, o Austral Report traz relatórios de inteligência do mercado de resseguros brasileiro. Dentre outros dados, nele é possível acompanhar o histórico de crescimento de prêmio emitido ao longo dos anos, evolução de resultado e lucro líquido, além da relação entre cedentes brasileiras e resseguradoras off shore. Outros pontos abordados são resultados por linhas de negócios; ranking brasileiro de resseguros por categorias; ranking de resseguro aceito por países-sede.