Boletim da CNseg analisa projeções de juros maiores apesar da queda da inflação projetada

O boletim da CNseg destaca que, após a confirmação de crescimento maior que o esperado do PIB no segundo trimestre (alta de 1,2% sobre o trimestre anterior ou de 3,2% sobre o mesmo período do ano passado de acordo com o IBGE), ocorrem revisões para mais da taxa de crescimento do PIB anual. Para 2022, a estimativa avançou de 2,10% para 2,26%, subindo de 0,37% para 0,47% no próximo ano.

Esse movimento de alta é fruto de estímulos pontuais que impulsionaram a atividade no período – como, por exemplo, liberação de saques no FGTS e antecipação do 13º de beneficiários do INSS – ao lado de alguma melhora no mercado de trabalho, com aumento da ocupação e queda do desemprego (9,1% no trimestre encerrado em julho).  O boletim lembra, porém, que a reação não alcançou a remuneração média real, que permanece em queda, segundo a PNADc divulgada na semana passada pelo IBGE.

Sobre a inflação, o boletim da CNseg assinala que “as projeções para o IPCA foram reduzidas mais uma semana: para este ano, a projeção para a inflação oficial está em 6,61%; para 2023, em 5,27%” segundo a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central nesta segunda.  Mesmo assim, essa ligeira perda de fôlego dos preços não muda a trajetória de alta da Selic de 2023, elevada de 11,00% para 11,25%. “Isso ocorre, provavelmente, pela percepção de que a queda da inflação este ano, impulsionada pela redução dos impostos sobre combustíveis, pode ter inércia para o ano que vem (a proposta orçamentária para 2023 manteve, inclusive, o corte de impostos federais sobre os combustíveis)”, diz o Boletim da CNseg.  Na Europa, a inflação recorde deve exigir respostas duras de política monetária, assinala a publicação, ao chamar a atenção da importância da reunião do BCE nesta semana sobre juros básicos.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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