A Porto informou em comunicado a saída do vice-presidente de Seguros da companhia, Marcelo Barroso Picanço, que se dedicou por mais de 16 anos para a companhia. Começou como CFO, passou para a vice-presidência financeira, vice-previdencia de seguros e há um ano era o CEO de Seguros dentro da holding.
Em um comunicado frio e curto, “a companhia registra votos de profundo agradecimento ao Sr. Marcelo Barroso Picanço por sua dedicação e contribuição como diretor da companhia e de suas controladas”. Certamente novos projetos já estão na mira do executivo, tanto pela forte demanda de profissionais do porte de Picanço como também por ser querido entre muitos.
Segundo o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o cargo será ocupado interinamente pelo atual CEO, Roberto de Souza Santos, que também acumula a responsabilidade pela área de Relações com Investidores.
Semana passada, o grupo divulgou o balanço semestral. Na Porto Seguros, até entao comandada por Picanço, o crescimento foi de 32,1% nas receitas do trimestre (vs. 2T21), impulsionado principalmente pelo seguro de Auto, explicado por adequações de preços, e pelo seguro Empresarial, que incrementou em 14,8% o número de empresas seguradas com ampliação de 37,7% nos prêmios emitidos (vs. 2T21). No semestre, o crescimento das receitas da Porto Seguros foi de 24,1% (vs. 2T21).
O Índice Combinado da Porto Seguros seguiu impactado no 2T22 (98,9%), explicado principalmente pela sinistralidade do seguro Auto. Contudo os ajustes efetuados na subscrição e precificação já começaram a surtir efeitos, com melhora desses indicadores em relação ao primeiro trimestre do ano. O Vida obteve uma melhora expressiva na sinistralidade trimestral (-38,9 p.p. vs. 2T21), explicado pela redução do impacto do Covid-19. No semestre, o Índice Combinado da Porto Seguros atingiu 99,1% (+10,3 p.p. vs. 1S21).