Lucro da Porto recua 67,8% no primeiro semestre, para R$ 306,6 milhões

o grupo alcançou o maior crescimento da receita total em mais de 10 anos, decorrente da expansão de todas as verticais de negócios.

A Porto registrou lucro líquido total de R$ 306,6 milhões no primeiro semestre, queda de 67,8% comparado a mesmo período do ano anterior e o ROAE atingiu 6,5%. O lucro líquido recorrente recuou 76,4% no segundo trimestre de 2022, para R$ 89,4 milhões, na comparação com o mesmo período de 2021. Já o lucro líquido total foi de R$ 131,5 milhões, com uma queda de 80% na mesma base de comparação.

Segundo comunicado, no segundo trimestre e primeiro semestre de 2022, o grupo alcançou o maior crescimento da receita total em mais de 10 anos, decorrente da expansão de todas as verticais de negócios. O aumento trimestral de 36,8% (vs. 2T21) foi impulsionado pela elevação das vendas em produtos como o Empresarial, Vida, Saúde, Cartão de Crédito, Fiança Locatícia e Carro Fácil, alinhado à estratégia de diversificação dos negócios, além dos esforços realizados para a recomposição das margens, principalmente no seguro Auto. No semestre, o aumento da receita total foi de 29,2% (vs. 1S21).

Na Porto Seguros, o crescimento de 32,1% nas receitas do trimestre (vs. 2T21) foi impulsionado principalmente pelo seguro de Auto, explicado por adequações de preços, e pelo seguro Empresarial, que incrementou em 14,8% o número de empresas seguradas com ampliação de 37,7% nos prêmios emitidos (vs. 2T21). No semestre, o crescimento das receitas da Porto Seguros foi de 24,1% (vs. 2T21).

O Índice Combinado da Porto Seguros seguiu impactado no 2T22 (98,9%), explicado principalmente pela sinistralidade do seguro Auto. Contudo os ajustes efetuados na subscrição e precificação já começaram a surtir efeitos, com melhora desses indicadores em relação ao primeiro trimestre do ano. O Vida obteve uma melhora expressiva na sinistralidade trimestral (-38,9 p.p. vs. 2T21), explicado pela redução do impacto do Covid-19. No semestre, o Índice Combinado da Porto Seguros atingiu 99,1% (+10,3 p.p. vs. 1S21).

Na Porto Saúde, as receitas do trimestre aumentaram 46,2%, em razão da expansão de 51,0% nos prêmios do seguro Saúde (vs. 2T21), o que representa um crescimento recorde desde a abertura de capital, com aumento de mais de 100 mil vidas em comparação ao mesmo período do ano anterior, nos aproximando das 400 mil vidas seguradas. No semestre, a Porto Saúde ampliou suas receitas em 41,8% (vs. 1S21).

No Porto Seguro Bank, aumentamos as receitas em 32,5% (vs. 2T21), com ênfase para a expansão próxima de 40% nas Operações de Crédito, ainda que com cautela para enfrentar o cenário macroeconômico mais adverso, nível de incerteza do mercado e deterioração da capacidade de pagamento das famílias. Os produtos de Fiança Locatícia e Consórcio também apresentaram crescimento elevado no 2T22, com aumento acima de 20% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita consolidada do Porto Seguro Bank aumentou 34,6% no primeiro semestre (vs. 1S21).

Em serviços, o crescimento foi de 80% nas receitas trimestrais do Carro Fácil e de 45% na Porto Faz e Reppara! (vs. 2T21). No semestre, o crescimento destes produtos foi de respectivamente 78,5% e 47,0% (vs. 1S21). Também foi concluída a cisão dos serviços de assistência da operação de seguros para a “Porto Assistência”.

Obteve uma redução de 2,2 p.p. no índice de despesas administrativas totais da companhia, atingindo 13,5% no 2T22, dando continuidade ao aumento da eficiência operacional observado nos últimos anos.

Em junho, celebrou acordo com um fundo de investimentos para a venda de 45 imóveis, segregada em duas parcelas. A primeira parcela negociou 35 imóveis ao valor de R$ 294,4 milhões, com compromisso entre as duas partes para envidar os melhores esforços para executar a segunda parcela no valor de R$ 74,2 milhões. A maior parte desses imóveis localizados em São Paulo e em outros Estados, estavam inativos, já tendo sido ocupados pelas Sucursais e colocados a venda há algum tempo. A operação está alinhada a estratégia de elevar a eficiência no uso de capital e aumentar a liquidez de nossos ativos.

O resultado financeiro foi de R$ 89 milhões no trimestre, o que representa uma rentabilidade das aplicações financeiras (ex-previdência) equivalente a 63% do CDI, impactado principalmente pelo desempenho das alocações em renda variável. No semestre o resultado financeiro alcançou R$ 238,8 milhões, com uma rentabilidade das aplicações (ex previdência) equivalente a 72% do CDI.

Na agenda de ASG, o grupo deu mais um passo importante, através da adesão ao Pacto Global da ONU, comprometendo-se com os dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção, e com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Foi aprovda a criação de um Comitê de Sustentabilidade ligado ao Conselho de Administração, que terá como primeiro objetivo o acompanhamento de indicadores relacionados ao cumprimento dos ODS.

No 2T22, os resultados foram impactados principalmente pela sinistralidade do auto, inadimplência da operação de CDC, custos do funding e pelo resultado financeiro. “Contudo, seguimos confiantes nas medidas que temos adotado para a recomposição das margens a níveis compatíveis com o histórico robusto de rentabilidade de nossos negócios e no potencial das iniciativas para acelerar a ampliação da nossa base de clientes, com foco na qualidade dos produtos e serviços ofertados, rentabilidade e perenidade da Companhia, e assim gostaríamos de agradecer aos investidores, colaboradores, corretores, prestadores de serviço, fornecedores, clientes e todos os demais stakeholders pela confiança e dedicação, para seguimos firmes no propósito de oferecer experiências transformadoras e ser cada vez mais um Porto Seguro para as pessoas e seus sonhos”, informa o comunicado.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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