Insurtech entra na disputa por seguros financeiros com aporte de US$ 6,7 milhões em pré-Seed

Insurtech busca parcerias com seguradoras brasileiras

 A Latú, insurtech focada em fornecer coberturas para empresas latino-americanas, anuncia hoje (25) sua primeira rodada de investimento no valor de US$ 6,7 milhões (R$ 35 milhões), a maior já registrada na América Latina. Liderada pela monashees, pioneira na indústria de capital de risco no Brasil e na América Latina, e pela CRV (Charles River Ventures), a rodada também teve participação da ONEVC, Latitud e SVAngels.

Com a Latú, abreviação para Latin American Tech Underwriters, as empresas podem obter, em apenas alguns minutos, cobertura de até US$ 10 milhões contra ações judiciais, ataques cibernéticos, tempo de inatividade, danos à propriedade, erros de profissão e lacunas de compliance, entre outros. E, ainda, políticas mais conhecidas como responsabilidade geral, propriedade, cibernética, Erros e Omissões (E&O) e Diretores e Executivos (D&O).

A fundadora da startup, Paola Neira, liderou anteriormente a equipe responsável por construir a tecnologia de logística da Rappi. Ela concebeu a Latú enquanto fornecia capital de giro para pequenas e médias empresas de um fundo que ela administra há mais de uma década. Ajudar esses negócios a fez perceber como era difícil para as empresas obterem apólices de seguro e como eram vulneráveis a milhões de riscos.

“As operadoras tradicionais têm tentado entender e combater os riscos atuais com ferramentas antiquadas, que limitam o crescimento do mercado. A Latú quer mudar radicalmente a forma como o seguro empresarial funciona, impulsionando a inovação na indústria. Há uma verdadeira sensação de empoderamento ao apoiar as empresas da América Latina, ao oferecer acesso a produtos financeiros aos quais, de outra forma, essas organizações não teriam acesso”, explica Paola.

“A verdadeira mágica acontece quando se combina o conceito de rede de proteção, que é fundamentalmente o cerne do mercado de seguros, com tecnologia” diz Neira. “Temos uma oportunidade incrível de substituir apólices desatualizadas por parcerias vitalícias de mitigação de riscos, que funcionam melhor para resolver as necessidades de um mundo acelerado e hiperconectado. As empresas não podem mais confiar em livros de papel, mas querem e merecem alavancar uma mistura de inovação tecnológica, experiência em seguros e conhecimento local que é exatamente o que estamos usando na Latú para construir produtos”, conclui.

Fabiola Quinzaños, principal na monashees, ressalta que as empresas na América Latina são severamente mal atendidas pelo setor de seguros. “Menos de 20% delas têm pelo menos uma apólice, comparado a 70% nos mercados desenvolvidos. Paola conseguiu atrair uma equipe de ponta com habilidades complementares, colocando-a na melhor posição para reinventar a forma como o seguro é consumido na América Latina e democratizando o acesso”, afirma

Para James Green, sócio geral da CRV, há muito tempo existe um desafio para as empresas em obter seguro e a proteção necessária para permitir que cresçam. “Ironicamente, garantir o seguro é o que literalmente desbloqueia o crescimento, permitindo que elas façam negócios com grandes corporações, garantam financiamento, abram uma nova vertical e muito mais. Nós, da CRV, acreditamos que as empresas fundamentais são criadas fortalecendo dados demográficos específicos e estamos profundamente entusiasmados com a ideia de que Paola pode fazer isso dando acesso a seguros para os negócios da América Latina”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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