Lucro das seguradoras dobra no 1o. semestre de 2022, para R$ 7,4 bilhões, e vendas avançam 16%

Depois de amargar queda no lucro líquido no primeiro semestre de 2021, as seguradoras obtiveram ganho de R$ 7,4 bilhões de janeiro a junho de 2022, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), organizados pela consultoria Siscorp. Apesar de quase dobrar o valor, ainda não voltou ao patamar pré pandemia, quando exibiram R$ 8,1 bilhões aos acionistas no primeiro semestre de 2020. A participação sobre o patrimônio líquido anualizado saiu de 8% em 2021 para 16% em 2022.

A arrecadação do setor somou R$ 168 bilhões no semestre, alta de 16%. O maior crescimento vem do segmento de seguros de danos, com avanço de 25%, para R$ 52,7 bilhões. Seguro de vida atingiu R$ 26 bilhões, alta de 10%; VGBL alcançou R$ 68,5 bilhões, avanço de 12,58%, Previdencia de 4,5%, para R$ 6,4 bilhões, e títulos de capitalização somaram receitas 18% maior neste primeiro semestre, para R$ 13 bilhões.

As 10 maiores respondem por 98% do lucro do primeiro semestre de 2022. A maior diferença está na Bradesco Seguros, que registrou as marcas R$ 765 milhões e R$ 2 bilhões, respectivamente nos semestres comparados. O Banco do Brasil saiu dos R$ 887 milhões do primeiro semestre de 2021 para encerrar junho de 2022 com R$ 1,7 bilhão. O Itau passou de R$ 192 milhões para R$ 606 milhões.

Outro número relevante vem da SulAmérica, que de um prejuízo de R$ 478 milhões em 2021, aparece em décimo no ranking do primeiro semestre de 2022, com ganho de R$ 207 milhões. Já a Porto Seguro viu seu lucro recuar de R$ 558 milhões para R$ 213 milhões nos período comparados.

Os balanços começam a ser divulgados a partir desta quinta-feira, com o Santander inaugurando a temporada, quando os executivos irão comentar os resultados.

Nesta consolidação não constam os dados da Icatu Seguros na divulgação da Susep.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

3 COMENTÁRIOS

  1. Bom dia!

    Acredito que tenha usado os banco apenas como comparativo de lucro, a matéria é sobre o lucro das seguradoras partindo de um informativo da SUSEP.
    O Banco do Brasil saiu dos R$ 887 milhões do primeiro semestre de 2021 para encerrar junho de 2022 com R$ 1,7 bilhão. O Itau passou de R$ 192 milhões para R$ 606 milhões.

    Grato.

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