Fonte: MAG
As oportunidades e desafios nas classes de investimento de renda fixa e renda variável foram tema do 11º Seminário Gestão de Investimentos nas EFPC. A estrategista-chefe da MAG Investimentos, Patrícia Pereira explicou que a inflação global acelerou como resultado dos choques de oferta causados pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a política de covid zero da China, em um contexto de forte aumento de demanda no pós-pandemia.
Segundo Patrícia, as surpresas inflacionárias observadas nos últimos meses trouxeram um excelente retorno aos títulos indexados à inflação de curto prazo, medidos pelo índice IMAB-5, enquanto os papéis de longo prazo, medidos pelo índice IMA-B+, não alcançaram resultado positivo.
Porém, em períodos de redução ou estabilidade da taxa Selic, a dinâmica se inverte, com os títulos de longo prazo indexados ao IPCA superando a rentabilidade dos mais curtos.
Com a proximidade do final do ciclo de alta de juros, iniciado em março de 2021, e com a perspectiva de estabilidade da taxa Selic até o final do ano, e de queda em 2023, o cenário se mostra promissor para os títulos mais longos. O mercado prevê que a Selic chegue a 13,25% em 2022, e caia para 9,75% em 2023.
¨Se há algo que aprendemos em períodos passados é que ciclos de estabilidade e queda de juros costumam ser bons para a posição em papéis indexados à inflação de mais longo prazo¨, comentou Patrícia. E a estrategista-chefe da MAG Investimentos acrescentou: ¨Então, fica a recomendação, dado que estamos no final do atual ciclo de alta de juros¨, reforçando que mesmo com a provável finalização, o BC deve manter uma postura vigilante em relação à inflação.