Edson Toguchi assume como vice-presidente comercial da EZZE Seguros

Até pouco tempo atrás, ter um executivo de TI no primeiro escalão das seguradoras era a prioridade máxima. Isso porque o setor iniciava, há cinco anos, uma revolução embalada pelas mudanças dos hábitos de consumo. Diante do avanço em inovação conquistado nos últimos dois anos, o foco agora é unir a técnica ao dom comercial para otimizar as vendas nas plataformas digitais e crescer em todos os canais de distribuição com um portfólio de produtos diversificado e flexível. A EZZE Seguros comprova essa tendência. Richard Vinhosa, CEO da companhia, nomeou o sócio e underwriter, Edson Toguchi, como vice-presidente comercial. 

“Comecei em maio e estou adorando visitar nossas filiais e retomar o contato com os corretores e parceiros. Eles nos alimentam com ideais de produtos demandados por seus clientes. E eu realmente gosto de criar soluções para problemas. Pela minha experiência técnica, tenho a percepção dos riscos. Como comercial, quero atender as demandas dos clientes. Sou instigado a pensar em soluções benéficas para fecharmos o contrato em condições interessantes para todos”, diz ele em sua primeira entrevista no novo cargo. 

Considerado um dos profissionais mais carismáticos do setor, Toguchi aceitou o convite de Vinhosa para ser sócio da startup que completa três anos. “Fui atraído pelo desafio de ser uma seguradora nacional, com poder de decisão local, o que agiliza muito as decisões do dia a dia, dedicada a fazer a diferença no setor com uma atuação em ramos diferenciados. Estou muito feliz com a minha decisão”, diz ele.  

Pelos números apresentados nesses dois anos de operação, a receita tem dado certo. A previsão era faturar R$ 100 milhões no primeiro ano de operação. Fecharam 2020 com R$ 140 milhões em prêmios. O time então arriscou mais na aposta para 2021: R$ 200 milhões. Erraram feio. Reportaram faturamento de R$ 427 milhões. E agora, para 2022, a previsão é R$ 800 milhões. Questionado se tal perspectiva se mantém firme mesmo em um ano eleitoral e com evento esportivo mundial, Toguchi é taxativo: “Se ultrapassarmos R$ 1 bilhão, vamos começar a preparar o nosso IPO (emissão primária de ações)”, diz seu lado comercial. 

Já o lado técnico de Toguchi sabe que para crescer é preciso ter equilíbrio na subscrição, tecnologia para digitalizar todo o processo, especialmente agilidade para pagar o cliente. “Em 2021, pagamos R$ 120 milhões em indenizações. Em 2022, há uma sinalização de R$ 400 milhões, pois eventos climáticos causaram muitas perdas para os produtores rurais. E quanto mais os clientes usam o seguro, mais percebem os benefícios de ter a proteção. Se bem atendidos, são fieis”.

A EZZE já nasceu digital. A estrutura tecnológica permite que a seguradora “ligue e desligue” sistemas, o que garante agilidade na implementação de novos canais e produtos. Segundo Toguchi, em um mês a seguradora inicia uma operação de venda de afinidades, por exemplo. Com estrutura digital avançada, as demandas dos corretores nas cidades em que a EZZE tem filiais soam como música para o executivo técnico e comercial. “Somos uma fábrica de produtos. Nossa estrutura tem o modelo de uma sanfona: vai e volta conforme a entrega de soluções”, explica. 

O que mais encanta o subscritor de riscos e o time da seguradora é a certeza de que há uma imensidão de produtos para proteger empresas e pessoas dos riscos do dia a dia. Um deles é o risco cibernético. “Já temos no forno um produto diferenciado e estamos com nossa equipe de afinidades negociando ajustes para atender a esta demanda tão explosiva das pessoas. Queremos levar o produto para empresas do varejo, bancos, administradoras de meios de pagamentos, entre outros ofertarem a proteção financeira aos seus clientes”, informa. 

Em grandes riscos, o vice-presidente comercial afirma que os negócios seguem um ritmo estável, mesmo com a desaceleração da economia. “Certamente muitos investidores estão mais seletivos e aguardam a definição do quadro político no Brasil. Mas há investimentos importantes na pauta do governo e estamos providenciando os seguros, como no caso das concessões da rede 5G, com projetos em andamento para a construção das linhas de transmissão, entre outros tantos leilões agendas para 2022”, cita.

Toguchi visitou apenas duas das oito filiais até agora: Salvador e Rio de Janeiro. A ideia é visitar todas até o final deste semestre, incluindo a de Fortaleza, que está em fase de seleção de um imóvel comercial. Certamente a equipe de criação, que já lançou 80 produtos, terá ainda mais demandas. O que certamente agrada o grupo de investidores da seguradora, que tem pesos pesados como José Bezerra de Menezes, Carlos Alberto Guerra Filgueiras, Ari de Sá Cavalcanti Neto e Pedro Cunha Fiuza, entre outros.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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