Porto Seguro passa a ser apenas “Porto” e cria marcas Porto Seguros, Porto Saúde e Porto Seguro Bank

Todos com a emoção a flor da pele e dois pesados investimentos em marketing para apresentar a nova marca: Rock in Rio 2022 e Fórmula 1 de São Paulo por três anos consecutivos

Ninguém de gravata. Todos com a emoção a flor da pele e dois pesados investimentos em marketing para apresentar a nova marca: Rock in Rio 2022 e Fórmula 1 de São Paulo por três anos consecutivos. Este foi o clima do Porto Day, realizado nesta manhã de terca-feira, 12, para apresentar a nova marca: Porto. Apenas uma palavra para consolidar o que uma seguradora que começou com apenas o seguro de automóvel se tornou ao longo de décadas.

“Temos uma nova marca, mas continuamos sendo um porto seguro para todos”, afirmou Bruno Garfinkel, presidente do Conselho do grupo. Cada marca tem uma personalidade própria, apresentada pelos CEOs de cada vertical: Porto Seguros, Porto Saúde e Porto Seguro Bank. Em números — o resultado do primeiro trimestre de 2022 será divulgado em maio –, a Porto encerrou 2021 com um faturamento de R$ 21,5 bilhões, lucro de R$ 1,54 bilhão, 35 mil corretores e quase 12 milhões de clientes. “Esse resultado nos dá confiança para ofertar experiência diferenciada aos clientes e expandir o negócio”. 

Para atingir a meta de dobrar o número de clientes até 2025, como previsto em 2020, Garfinkel disse que o time Porto se debruçou para rever as fortalezas e as fraquezas e adequou a gestão para crescer com rentabilidade. “Sem modismos, pois somos inovadores desde sempre”, afirmou, citando o avô Abrahão e o pai Jayme, que comandou a companhia de 1972 até 2019. 

Trata-se de uma mudança de estratégia traçada há tempos para ser menos dependente do seguro automóvel, ramo em que é líder há décadas e hoje tem 28% de market share e que ainda tem muito a crescer. Afinal, somente um terço da frota circulante tem seguro. A mudança não significa perder a liderança em automóvel, nicho que segue inovando, como o lançamento recente do seguro auto por assinatura pela Azul, uma empresa do grupo. A estratégia anunciada no Porto Day é crescer em várias linhas de negócios, com marcas próprias e atuação independentes.

O CEO da holding, Roberto Santos, fez questão de ressaltar que “não existe uma empresa comparada a Porto listada na bolsa de valores B3. Somos uma empresa única. As verticais são parte de um ecossistema que vai muito além do seguro. É uma empresa conectada com o que acontece hoje e que aponta novas tendências”.

Saúde, um ramo complexo no Brasil e que passa por uma reformulação do arcabouço regulatório, é uma aposta ousada do grupo, segundo a apresentação do CEO Sami Foguel, no cargo desde junho do ano passado. Segundo ele, a Porto Saúde marca o início de uma nova possibilidade em saúde para tantas pessoas no Brasil. Atualmente, o grupo tem um market share de apenas 1,5% em São Paulo e 0,6% em outras praças. 

A meta no médio prazo é chegar a 2%, depois de ter crescido a base de clientes em 30%, para 350 mil vidas em 2021. “Os corretores que vendem saúde são uma pequena parcela do todo, mas estamos trazendo novos profissionais. A meta é dobrar o número de corretores que vendem saúde. O tíquete médio em comissão é competitivo e isso impulsionará nosso crescimento”, afirma o CEO. 

Além do apoio dos corretores, a Porto investe pesado em tecnologia e marketing. É a apoiadora oficial do Rock in Rio 2022 e lançou uma plataforma de cotação e emissão que os ajuda a mitigar fraudes, precificar o risco de forma adequada e, com análise de dados, tem insights precisos sobre como atender os clientes no local certo, na hora certa.

A vertical Seguros, segundo o CEO Marcelo Picanço, atingiu R$ 14,9 bilhões em prêmios emitidos em 2021. No seguro Auto, a empresa contabilizou incremento de 311 mil veículos em 2021. Com isso, a frota segurada encerrou o ano passado com 5,8 milhões de veículos. “E tal crescimento foi obtido tendo o maior tíquete médio do mercado, combinação rara no Brasil e no mundo”, enfatizou. 

São mais de 5 milhões de serviços prestados na rua e na casa das pessoas anualmente. Isso mostra quanta inovação, que resolvem os problemas da melhor forma. “Temos em nossa caminhada muita inovação e assim continuaremos para levar serviços e proteções aos nossos clientes, como o seguro por assinatura lançado recentemente, que nos faz ser a maior seguradora de bens da América Latina considerando os mais de 20 produtos, além dos dois em que é líder de mercado no Brasil: auto e residência no Brasil, com 28% da fatia de ambos os segmentos”, comentou. 

Marcos Loução, CEO do Porto Seguro Bank, destacou que a vertical conta com 3,5 bilhões em receitas e ativos de R$ 13 bilhões, o que o posiciona entre os 15 maiores bancos do Brasil. Destacou as operações de consórcio, com alta de 36% em 2021, o segundo em imóvel do Brasil, de cartões de crédito e seguro fiança locatícia. A novidade é o lançamento da conta digital. “Os clientes dos seguros financeiros já são clientes do Porto Seguro Bank e quem quiser ser precisará entrar na Lista de espera para ter uma conta digital”, informou. 

Para encerrar o evento, Bruno Garfinkel voltou ao palco do evento digital. “Vamor dobrar a base de clientes. Somos mais que uma seguradora. Agrupamos as soluções em verticais muito definidas, com objetivos e potenciais variados. Isso cria valor. Nossa marca passa a refletir a estrutura criada para gerar oportunidade para funcionários, corretores, prestadores, clientes e acionistas. Como dizia meu avô: você só será grande se a empresa for grande”.

O grupo também anunciou o lançamento de uma plataforma ESG, que vai concentrar as informações e projetos do grupo sobre as ações de sustentabilidade, disponível no portal e também no aplicativo. O documento ressalta as principais conquistas da companhia em suas frentes de atuação social e ambiental. Ele destaca, por exemplo, que 47% dos quilômetros rodados para atendimentos feitos pela Porto em 2021 foram percorridos por modais mais sustentáveis, como bicicleta, frota elétrica ou até mesmo a pé.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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