Seguradoras podem ter perdas de US$ 10 bilhões com pedidos de indenizações de aviões retidos na Rússia, diz Fitch

Analistas da Fitch Ratings alertaram que as seguradoras podem enfrentar sinistros de até US$ 10 bilhões no pior cenário devido ao aterramento de aviões na Rússia, com 30-40% de probabilidade de serem repassados ​​às resseguradoras.

Mais de 500 aviões financiados ou de propriedade de locadores não russos estão retidos na Rússia devido a sanções impostas por vários países ocidentais em resposta à invasão russa da Ucrânia.

O problema se agravou desde que o país rapidamente promulgou uma nova lei para “garantir o funcionamento estável do sistema nacional de transporte” que poderia permitir que os veículos fossem tomados e nacionalizados pelo Estado, informa o portal Reinsurance News.

Se os jatos não forem devolvidos, teme-se que as empresas que alugam as aeronaves incorram em grandes perdas, muitas das quais serão repassadas aos mercados de seguros e resseguros.

Os arrendadores possuem seguro de casco e responsabilidade civil, além de cobertura específica de guerra aeronáutica, e solicitarão que seu seguro seja indenizado contra a desapropriação de seus aviões.

“Reivindicações de seguro de aviação de bilhões de dólares podem ter efeitos indiretos significativos no mercado de seguros de aviação”, concluiu Fitch. “Esperamos que as seguradoras e resseguradoras respondam aumentando os prêmios, incorporando mais cláusulas de exclusão em seus contratos e reduzindo sua exposição.”

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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