Grupo MAPFRE apresentará novo plano estratégico 2022 a 2024 nesta sexta-feira

Transformação digital, com o Open Inovattion, é a chave para alimentar o grupo que pretende reforçar o perfil de ser multiprodutos, multicanal e conquistar clientes com produtos simples, preço acessível e agilidade

Nesta sexta-feira, a Mapfre divulgará o novo plano estratégico do grupo na Assembleia Geral de Acionistas, num clima de tristeza pelo conflito Rússia e Ucrania. “Como falar para o acionista sobre o futuro quando não sabemos quanto tempo vai durar essa guerra injusta e bárbara, não justificada” disse o presidente, Antonio Huertas, a um grupo de jornalistas nesta quarta-feira. 

No entanto, segundo ele, o mundo está num período de penumbra como há dois anos com a Covid-19, que segue sendo um problema para todos, com mortes diárias em todo o mundo. “Agora a guerra nos coloca novamente em um período de penumbra, sem que possamos deixar de nos preocupar com a Covid-19 e suas variantes”, comentou.

Neste cenário, Huertas e sua equipe delinearão os principais objetivos da seguradora para o período de 2022 a 2024 e o roteiro planejado para alcançá-los. Transformação digital, com o Open Inovattion, é a chave para alimentar o grupo que pretende reforçar o perfil de ser multiprodutos, multicanal e conquistar clientes com produtos simples, preço acessível e agilidade. “Os clientes mudaram seus hábitos e nós temos de mudar a forma como atuamos. O mercado segurador tem uma imagem de conservador, mas quem não mudar, ficará obsoleto”, afirmou.

Quanto aos resultados de 2021, Huertas citou estar bastante satisfeito com o desempenho da Mapfre, que voltou a uma rentabilidade robusta. As operações de seguros contribuíram com mais de 18 bilhões de euros em prêmios e mais de 700 milhões de euros em resultados para o grupo, com um índice combinado ajustado de 95,6%. 

Huertas: Nosso foco é ser multiproduto para cobrir todas as necessidades dos clientes. Seja ele individual, familiar e empresarial, desde os pequenos aos grandes”

A pandemia impactou os resultados na América Latina, especialmente no Brasil e no México. O impacto total dos sinistros do segmento de vida na América Latina foi de 107 milhões de euros, dos quais 42 milhões foram no Brasil. A sinistralidade de automóvel voltou aos níveis pré-pandêmicos em todas as geografias. No Brasil, os prêmios subiram mais de 8% e 15% em moeda local com tendências de crescimento saudáveis ​​em seguro rural, automóvel e vida. 

“Estamos muito otimistas com o Brasil. As perspectivas econômicas do Pais continuam melhorando e a taxa básica de juros, a Selic, é significativamente alta. A moeda em 2021 ficou relativamente estável. Estamos atentos na inflação e nas tendências macroeconômicas. Neste início de 2022 temos visto o real se valorizar, o que mostra a confiança do investidor estrangeiro no país”. 

Huertas e sua equipe deixaram claro que a transformação, além de um crescimento com resultado para o acionista, é uma das principais prioridades. “Estamos simplificando nosso modelo de negócios e a estrutura, ao mesmo tempo em que aproveitamos os benefícios da diversificação. Continuamos priorizando a redução de gastos. Nosso foco é ser multiproduto para cobrir todas as necessidades dos clientes. Seja ele individual, familiar ou empresarial, desde os pequenos aos grandes. Somos uma empresa diversificada. Um terço do nosso faturamento vem de automóvel, um terço de vida e um terço de seguros empresariais. Atuamos em 27 países. Nosso foco é crescer em países e segmentos rentáveis”, relatou. 

Huertas afirmou que o grupo vive uma imersão constante em transformação. “A sociedade muda e seguro tem de se transformar. A inovação não é um grande descobrimento. É um processo inovador constante. A Mapfre participa deste processo como o Open Inovattion, o que é importantíssimo para o futuro do grupo”.

Recentemente, Huertas se reuniu com 12 grandes seguradoras do mundo e com representantes de órgãos reguladores da Comunidade Europeia. Os empresários pediram mais flexibilidade das regras para que possam colocar em prática a inovação no mercado de seguros mundial. “Temos amarras que atrapalham questões simples. Precisamos modernizar o setor e isso depende também dos órgãos reguladores”, comentou.

Ele também afirmou não basta só vender. “Temos de nos comprometer. E nos comprometemos, como poderão acompanhar a divulgação do nosso novo plano de sustentabilidade que será apresentado no encontro de acionistas na sexta-feira, dia 11. E também todos os esforços da Fundación Mapfre para contribuir para uma sociedade mais digna”. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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