Generali deixa Rússia após invasão da Ucrânia por Moscou

A Generali informou em comunicado que também abrirá mão de seus assentos no conselho da Ingosstrakh, uma das maiores seguradoras da Rússia, na qual detém uma participação de 38,5%

Reuters

A principal seguradora italiana Generali disse nesta quinta-feira que está se retirando da Rússia após a invasão da Ucrânia por Moscou, enquanto o Intesa Sanpaolo, o maior banco da Itália, está revisando sua presença no país.

A Generali disse que fecharia seu escritório em Moscou e encerraria seus negócios da Europ Assistance na Rússia, confirmando um relatório anterior da Reuters.

O Intesa Sanpaolo, o maior banco da Itália, está realizando uma revisão estratégica de sua presença na Rússia, enquanto ajuda funcionários na Ucrânia a deixar o país, disse um porta-voz.

Anteriormente, o Société Générale alertou para a possibilidade de que a Rússia pudesse retirar do banco suas operações locais, em uma das advertências mais duras já feitas por uma empresa ocidental sobre o potencial impacto da crise na Ucrânia.

O banco francês, cuja exposição de US$ 20 bilhões à Rússia é uma das maiores entre os credores estrangeiros, disse que está trabalhando para reduzir os riscos no país.

A Generali disse em comunicado que também abrirá mão de seus assentos no conselho da Ingosstrakh, uma das maiores seguradoras da Rússia, na qual detém uma participação de 38,5%.

“Não há planos imediatos para vender a participação no curto prazo, mas o grupo está avaliando suas opções”, disse uma fonte próxima ao assunto à Reuters sobre a decisão da Generali.

A seguradora número 3 da Europa disse que sua exposição ao mercado russo em termos de investimentos e negócios de seguros está sob constante avaliação.

As medidas ocorrem quando os países ocidentais procuram se distanciar dos negócios russos depois que o presidente Vladimir Putin ordenou que suas tropas entrassem na vizinha Ucrânia.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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