Lucro da Porto Seguro recua 8,5% em 2021, para R$ 1,54 bilhão

Na vertical Seguros, o grupo atingiu R$ 14,9 bilhões em prêmios emitidos

A Porto Seguro divulgou lucro líquido de R$ 1,54 bilhão em 2021, recuo de 8,5% em relação ao ano anterior. O lucro liquido recorrente recuou 28,6%, para R$ 1,17 bilhão. As receitas atingiram R$ 21,5 bilhões em 2021, o que, segundo comunicado da companhia, é um recorde.

Na vertical Seguros, o grupo atingiu R$ 14,9 bilhões em prêmios emitidos em 2021 e R$ 4,2 bilhões no quarto trimestre, com desempenho favorecido pela fidelização e expansão na base de clientes através de soluções segmentadas para os diferentes perfis de consumidores. No seguro Auto, o grupo obteve incremento de 311 mil veículos em 2021, encerrando o ano com 5,8 milhões de veículos segurados, além de 4,2 milhões de pessoas cobertas pelos nossos seguros de Vida e 2,6 milhões de apólices vigentes nos seguros Patrimoniais.

Na vertical Saúde, as receitas chegaram a R$ 2 bilhões em 2021 e R$ 597 milhões no quarto trimestre. O grupo encerrou o ano com 349 mil (+28,8% vs. 2020) vidas cobertas pelo Seguro Saúde, o maior patamar dos últimos 8 anos, com um incremento de 78 mil vidas em 2021, proveniente da manutenção de elevadas taxas de renovação e de um aumento consistente no número de novas vendas.

A vertical Negócios Financeiros atingiu R$ 3,5 bilhões de receita em 2021 e R$ 1 bilhão no quatro trimestre, e também segue crescendo em ritmo acelerado, com a carteira de crédito atingindo R$ 13,3 bilhões de saldo ao final de 2021, crescimento de 33% no ano, alavancado principalmente pela operação de Cartão de Crédito e Financiamento, através de iniciativas bem sucedidas de vendas e de uma estratégia eficaz de gestão de crédito, informa o comunicado.

A vertical Serviços atingiu R$ 350 milhões de receita em 2021 e R$ 95 milhões no 4T21, decorrente principalmente da evolução dos negócios do Carro Fácil, que atingiu 10 mil contratos ativos ao final do ano, e pelo crescimento dos serviços de assistência Porto Faz e Reppara!, que juntos aumentaram a receita em 36% em 2021.

No consolidado de todos os negócios de seguros, o grupo encerrou o ano com um Índice Combinado de 94,9%, permanecendo 1,1 p.p. abaixo da média dos últimos 10 anos. Segundo a nota, o resultado é decorrente de uma sinistralidade controlada, que atingiu 53,1% em 2021, a despeito dos desafios enfrentados no período, e dos ganhos de eficiência operacional observados nos últimos anos, refletidos na soma dos índices de D.A.+D.O, que atingiram 16,4% no ano.

O resultado financeiro atingiu R$ 468 milhões em 2021 e R$ 138 milhões no trimestre. A rentabilidade das aplicações financeiras (ex-previdência) foi equivalente a 184% do CDI no ano, favorecida principalmente pelo desempenho dos títulos indexados à inflação, e a 93% do CDI no trimestre, impactada principalmente pelos ativos de renda variável.

A Porto destaca no balanço que o ano de 2021 foi bastante dinâmico na agenda de inovação, transformação digital e crescimento, tanto de forma orgânica como inorgânica. No campo societário, criou a Mobitech, uma joint venture em parceria com a Cosan, para oferecer soluções inovadoras de mobilidade; consolidou a aquisição de 50% da Conectar; incorporou a participação societária na Petlove, através da transferência do Porto.Pet para o ecossistema de produtos da empresa; adquiriu 75% da insurtech Segfy e também 75% da fintech Atar; e já no início de 2022, adquiriu ainda participação de 10% na startup Plugify.

Na agenda de inovação, destaca o lançamento do Bllu, primeiro seguro mensal de automóvel com contratação 100% digital do mercado; o VidaOn, seguro de vida para que os beneficiários possam usufruir em vida os benefícios do produto; o Techfácil, solução de assinatura de produtos eletrônicos; e o SuperApp, que já simplifica o relacionamento dos nossos clientes através de um único aplicativo para os diversos produtos que oferecemos.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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