BB Seguridade lucra R$ 3,9 bilhões em 2021

Indenizações por Covid-19 totalizaram R$ 864 milhões no ano passado

A BB Seguridade divulgou nesta manhã lucro líquido ajustado de R$ 3,9 bilhões em 2021, incremento de 1,4% em seu lucro líquido ajustado em relação ao ano anterior. No quarto trimestre de 2021, o ganho chegou a R$ 1,2 bilhão, melhor resultado trimestral desde o IPO, representando um incremento de 33,8% em relação ao quarto trimestres de 2020. Segundo nota da empresa, a Covid-19 representou R$ 864 milhões em sinistros no ano, volume quase quatro vezes superior ao registrado em 2020.

O resultado operacional líquido de impostos consolidado das empresas do grupo também registrou crescimento, chegando a R$ 3,8 bi, aproximadamente 3% superior ao registrado em 2020. Quanto ao resultado financeiro líquido consolidado, a perda que vinha sendo acumulada até setembro foi revertida no 4T21, fechando o ano em R$110 milhões, o que representa cerca de 3% do lucro líquido do ano, o menor patamar da história.

O lucro normalizado teve elevação de 8%, chegando a R$ 4,4 bi, resultado que reforça a tendência de recuperação dos negócios. Lucro líquido normalizado representa o resultado estrutural da companhia, excluindo do lucro líquido ajustado, tanto de 2021 como de 2020, os efeitos que a companhia espera que não se repitam em 2022, tais como o volume elevado de sinistros por Covid, que representou impacto negativo de R$ 382 milhões no lucro do ano, e o aumento temporário da alíquota de CSLL nas investidas, vigente entre julho e dezembro/21, que retirou R$85 milhões do lucro líquido.

Seguros: prêmios emitidos crescem 16,2% em 2021 e sinistralidade retorna ao patamar pré-pandemia Os prêmios emitidos foram impulsionados pelo forte desempenho em seguros rurais (+35,5%), decorrente da evolução do crédito para custeio da safra 2021/2022; seguros de vida (+17,1%), sustentado tanto pelo crescimento de vendas novas como pelo maior volume de renovações; e seguros residenciais (+23,4%), puxado pelo aumento das vendas. A sinistralidade, que na visão acumulada do ano teve alta de 8,5 p.p. em relação a 2020, como consequência da maior frequência de avisos em produtos com cobertura por morte a partir do agravamento da pandemia, deu continuidade à tendência de queda, retraindo 14,1 p.p. em relação ao terceiro trimestre do ano, reflexo do avanço na imunização da população.

Previdência: captação bruta cresce 11,5% e 207 mil novos planos são adicionados à base em 2021 A captação bruta para a previdência no ano de 2021 totalizou R$ 45,7 bilhões, o segundo melhor ano da história da companhia. As reservas expandiram 1,6% em 12 meses, atingindo a marca de R$313 bilhões, enquanto as receitas com taxa de gestão cresceram 8% em 2021, refletindo o sucesso na estratégia de realocação de ativos sob gestão dos planos PGBL e VGBL para fundos multimercado, que ao final de dezembro de 2021 representavam 31,8% do total das reservas (vs. 10,6% em 2020).

Capitalização: arrecadação atinge R$4,3 bilhões no ano A arrecadação com títulos de capitalização retraiu 9,9% no comparativo com 2020, o que se justifica pela queda nas vendas de títulos de pagamento único e maior foco nas vendas de títulos de pagamento mensal, produto que apresenta maior recorrência para o resultado. Em 2021 a Brasilcap distribuiu R$ 67 milhões em prêmios de sorteio. Planos odontológicos: aumentam em 130% as vendas realizadas por meio de canais digitais Em 2021, a base de planos pessoas físicas cresceu 30% em relação a 2020, com aumento de 130% no total de vendas realizadas por meio de canais digitais.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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