Fitch afirma que parcerias com insurtechs podem fortalecer seguradoras

A colaboração bem-sucedida da InsurTech pode permitir que as seguradoras adotem a tecnologia mais recente mais rapidamente, reduzam as despesas operacionais, melhorem seu alcance de distribuição e aumentem a retenção de clientes. A Fitch Ratings acredita que o sucesso dessas parcerias desempenhará um papel importante na futura posição de mercado das seguradoras.

A Fitch espera que a inovação baseada em tecnologia e as soluções digitais no setor de seguros intensifiquem a concorrência de não seguradoras, como empresas de tecnologia – especialmente em setores onde as empresas de tecnologia têm acesso a participações de mercado concentradas. Além disso, devido às mudanças tecnológicas que facilitam o acesso mais onipresente às informações, a Fitch Ratings espera que a demanda do mercado se desloque para a qualidade do produto, e não para a familiaridade de marcas de seguros conhecidas. Isso representa uma ameaça para as seguradoras tradicionais que dependem muito da fidelidade e herança da marca para manter sua vantagem competitiva.

Nem todas as atividades da InsurTech são regulamentadas sob as estruturas regulatórias atuais, e isso cria uma zona cinzenta regulatória. O risco de interpretação regulatória consequente pode desencorajar os provedores de capital. No entanto, a Fitch Ratings espera que surja mais clareza à medida que os reguladores de serviços financeiros priorizam as inovações tecnológicas.

No Brasil, as parcerias já estão a todo vapor.  Em 2021, segundo o monitoramento do Conexão Fintech, as insurtechs brasileiras receberam em investimentos mais de meio bilhão de reais. O número ainda não é tão alto quando comparado com os R$ 33 bilhões arrecadados por startups até setembro de 2021, segundo levantamento da KPMG em parceria com a ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital). Boa parte deste capital investido vem de seguradoras tradicionais, segundo comentam executivos do setor.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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