Insurtech PICSEL, voltada para o mundo agro, recebe aporte da Poli Angels

Startup enxerga enorme potencial em um mercado que tem apenas 20% de cobertura de seguros

Fonte: PICSEL

Com o objetivo de democratizar e desburocratizar o acesso ao seguro agrícola com uma plataforma 100% digital, a insurtech PICSEL acaba de conquistar um aporte da Poli Angels, grupo de investidores anjo criado por ex-alunos da Escola Politécnica (USP). 

Apesar da sua importância, os seguros agrícolas ainda são produtos complexos e com baixa penetração no agronegócio. A PICSEL quer mudar essa realidade, já que se estima que há mais de 4,9 milhões de produtores sem esse tipo de proteção no Brasil, o que corresponde a cerca de R$ 254 bilhões em crédito rural sem seguro agrícola. 

Em um ano como 2021, no qual problemas climáticos geraram enormes prejuízos para o setor agrícola, o assunto tomou ainda mais importância. A ocorrência de uma seca severa, seguida de duas grandes geadas, reduziu o valor da produção do milho no Paraná em R$ 11,3 bilhões, enquanto no Mato Grosso do Sul a redução foi de R$ 7,7 bilhões. 

Em Minas Gerais, produtores de café tiveram prejuízos da ordem de R$ 9 bilhões. Por sua vez, a cana-de-açúcar sofreu a pior quebra de safra dos últimos dez anos, com expectativa de redução de 5 milhões de toneladas de açúcar e 3 bilhões de litros de etanol.

“Optamos por receber o aporte dos associados da Poli Angels, que nos possibilitará seguir um caminho de crescimento para nos transformar em uma das principais insurtechs do agronegócio. Nesse momento tão importante em que recebemos o aporte, também acabamos de ser aprovados na segunda edição do sandbox regulatório da SUSEP. Ter acesso ao conhecimento e a rede de networking dos investidores será fundamental para subscrever riscos e levar aos produtores rurais uma nova experiência em seguros”, explica Daniel Miquelluti, co-fundador e COO da PICSEL.

“Enxergamos muito potencial de expansão na PicSel, já que menos de 20% do mercado de agrícola conta com seguro para reduzir os riscos das suas safras. Ou seja, há uma perspectiva de crescimento exponencial para oferecer soluções digitais para fazendas e empresas agrícolas, assim como para as seguradoras e reguladoras de seguro.”, comenta Mario Humberg, da Poli Angels, que liderou os investidores nesse aporte.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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