Aportes em previdência privada ultrapassaram R$ 100 bilhões em 2021

Mesmo ainda diante de um cenário desafiador, poupança de longo prazo cresce no Brasil e cumpre o papel social de resguardar a população em momentos de adversidades

Os aportes em planos abertos de caráter previdenciário no País ultrapassaram os R$ 100,7 bilhões de janeiro a setembro de 2021, segundo o último levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O montante é 14,1% maior do que o apurado no mesmo período de 2020.

De acordo com os dados da Fenaprevi, no acumulado os resgates foram superiores em 27,8% sobre o volume registrado em 2020, atingindo R$ 76 bilhões. Já em captação líquida, a soma dos nove meses de 2021 foi de R$ 24,7 bi, com queda de 14,3% na comparação com o ano anterior.  

Os ativos de previdência privada aberta, que possuem a finalidade de garantir o pagamento das obrigações junto aos titulares de planos de previdência contratados, estão estimados em mais de R$ 1,06 trilhão. “Nós observamos ao longo dos últimos meses a resiliência dos números de arrecadação, mesmo em um momento bastante turbulento do mercado com a pandemia Covid 19”, afirma a vice-presidente da Fenaprevi, Ângela Assis.

Ela reforça que a pandemia tem nos mostrado a importância de nos preparar financeiramente para possíveis percalços e desafios. “Nesse sentido, os planos de previdência se colocam como ferramentas essenciais para o planejamento do futuro, da longevidade financeira, da realização de sonhos e projetos”.

Ao longo do ano, dentre os planos mais procurados está o VGBL (92,3%), seguido pelo PGBL (6,9%) e os demais (0,8%). Em termos de contratação, a maior parte é de natureza individual (88,5%), enquanto na modalidade coletiva estão somente 10% dos planos. A opção para menores de idade representa somente 1,5% do total. 

Balanço mensal
Considerando apenas setembro, foram captados cerca de R$ 11 bilhões em prêmios e contribuições, frente aos R$ 9,4 bi resgatados dos planos no mesmo período. A captação líquida, valor resultante da dedução das receitas menos os resgates, foi de R$ 1,6 bilhão no total do mês. Analisando a evolução dos resultados (leitura mensal), houve 2,1% de crescimento dos aportes sobre setembro de 2020; alta de 38,2% nos resgates e queda de quase 60% na captação líquida.

Resgates
A VP da Fenaprevi destaca que os resgates têm se mostrado importantes nesse período, o que revela a função social do produto. “Os recursos estão disponíveis para as pessoas no momento em que mais precisam, seja para salvar seus negócios, para atender as necessidades do dia a dia e até mesmo aproveitar oportunidades de investimento, como no mercado imobiliário”, encerra Ângela.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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