COP26: Zurich lança documento com ações para frear os impactos das mudanças climáticas

Comprometida com a redução e o sequestro de carbono da atmosfera, seguradora adota iniciativas com produtos e serviços aderentes às premissas de sustentabilidade

Fonte: Zurich

A Zurich lança mundialmente o relatório “Podemos juntos limitar o aquecimento global a 1,5°C?”, documento que traz o contexto atual dos temas sociais, ambientais e econômicos relacionados às mudanças climáticas, com sugestões e direcionamentos de como podemos frear os impactos dessas transformações em nosso planeta. O paper ajuda a esclarecer os compromissos dos governos no Acordo de Paris, em 2015, e destaca que o homem é o responsável pelos danos à natureza por conta de velhas práticas.

Um dos destaques do documento é o Scorecard de Mudanças Climáticas da Zurich que, por meio de 12 métricas climáticas, aponta como estamos evoluindo para reduzir o aquecimento global a menos de 2° C – o que evitaria que o mundo chegasse num ponto sem retorno no qual não haverá mais como evitar uma situação catastrófica. 

Segundo Lucía Sarraceno, superintendente responsável por Sustentabilidade na Zurich no Brasil (foto), o papel principal do relatório é mostrar o que podemos fazer para limitar o aquecimento global a 1,5°– e principalmente, reforçar que isso é possível.

“O paper apresenta soluções para governos, empresas e instituições diminuírem os riscos das mudanças climáticas, com investimentos em novas tecnologias de energias renováveis, redução/eliminação do consumo de combustíveis fósseis e inovações para a captura de carbono”, pontua a executiva. “E alerta que, para que tudo isso seja feito em tempo hábil, serão necessários investimentos anuais de US$ 6,9 trilhões até 2030. Faz, portanto, um balanço da situação entre a COP21, há cinco anos, e a COP26, que acontece em Glasglow, na Escócia, em novembro”, complementa.

Intimamente comprometida com a causa, em 2019, a Zurich aderiu à Net-Zero Asset Owner Alliance e vem fazendo investimentos globais de impacto que deveriam totalizar US$ 5 bilhões até 2022 – a companhia superou esse valor em 2020, quando registrou US$ 5,8 bilhões em investimentos de impacto, com ações que incluem investimentos em green bonds e em infraestrutura limpa, como parques eólicos e solares. A empresa também foi a primeira seguradora a se inscrever no Business Ambition, em junho de 2019, com a meta de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais – que é um ponto central que o paper discute.

Junto com o relatório, a companhia anunciou novas medidas globais com relação à sustentabilidade, com o objetivo principal de reduzir as emissões de carbono em até 70% até 2029 – serão 40 mil toneladas de emissões de CO2 a menos por ano. Diminuição das viagens aéreas em 70% em relação aos níveis pré-pandemia, adoção de uma frota de carros elétrica ou híbrida até 2025 e a estruturação de uma comunicação 100% digital com os clientes no mesmo prazo são exemplos dessas ações.

Alinhada aos compromissos globais da seguradora, a Zurich no Brasil vem incorporando as questões sustentáveis em diversos produtos, serviços e projetos, bem como na sua estratégia de alocação de recursos nos chamados títulos verdes. Essas ações envolvem todos os públicos com os quais a seguradora se relaciona: funcionários, clientes, parceiros de negócios e comunidades apoiadas pela empresa. Entre as iniciativas, estão:

Green Bonds – A alocação destinada em “títulos verdes” atingiu um montante próximo à meta estabelecida pela Zurich para 2022, que é de R$ 170 milhões. Atualmente, a companhia soma R$ 150 milhões em Green Bonds, que correspondem a 5% do total de ativos da seguradora.

Zurich4Power – Trata-se da cobertura abrangente e inovadora para os riscos relacionados à instalação, montagem e operação de painéis solares, tanto para pessoas físicas como jurídicas. Ou seja, o projeto, que foi lançado no começo de 2021, está relacionado à geração de energia renovável e tem como propósito apoiar os clientes, donos do novo equipamento, integradores ou mesmo fabricantes, em seus desafios de sustentabilidade.

Seguro para veículos elétricos e híbridos – Lançado em 2019, além de coberturas tradicionais relacionadas aos casos de colisão, roubo e incêndio, o produto conta com diferenciais, como assistência 24 horas com atendimento concierge, rede de oficinas especializadas e cobertura para os cabos de carregamento em caso de furto/roubo. A iniciativa reflete a aposta da companhia na mudança inevitável pela qual a sociedade está passando e que também é tema do relatório lançado pela Zurich.

Descarte responsável de celulares – Com o objetivo de reduzir ao máximo a emissão de CO2 na operação de sinistros da Zurich de forma certificada, o processo de descarte responsável de celulares e informática visa a reciclar os resíduos da operação de reparo desses equipamentos, tais como peças danificadas, acessórios e baterias – que são altamente danosos ao meio ambiente. Os resíduos passam por um processo inicial de separação de materiais em: plástico, vidro, metais e placas eletrônicas, descaracterização e decomposição em partes menores que são destinados às indústrias específicas para reciclagem. Em 2021, já foi processado 576,22 Kg de resíduos – ou seja, mais de 1/2 tonelada – coletados em urnas para descarte sustentável de celulares, informática, pilhas e baterias espalhadas por todo o território nacional.

Certificação Selo Verde e pagamento 100% digital às oficinas mecânicas – Para esses parceiros, a seguradora criou, no primeiro semestre de 2021, uma certificação para que elas melhorem sua eficiência ambiental e de gestão e, assim, recebam a Certificação Selo Verde – a primeira do gênero no mercado segurador brasileiro, desenvolvida em conjunto com o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA). A expectativa é que, até 2023, 90% da rede credenciada da Zurich no país (305 estabelecimentos) seja contemplada com a certificação. Desde o lançamento, seis oficinas foram contempladas com o selo e 21 estão em processo de avaliação. Além disso, o processo de pagamento a esses parceiros não envolve papel, portanto, tem zero emissão de carbono.

Recolhimento de salvados e descarte de entulhos – Desde 2017, a Zurich aprimorou o serviço de retirada dos chamados salvados de danos elétricos no seguro residencial, que são mercadorias e bens avariados, resgatados dos sinistros da seguradora, dando um direcionamento ambientalmente correto para estes materiais. Até de agosto de 2021, foram recolhidas 18 toneladas de equipamentos, como geladeiras, TVs, micro-ondas, impressoras, computadores, máquinas de lavar, entre outros. Em todo o ano anterior, foram mais de 20 toneladas.

Consultoria ambiental – A empresa disponibiliza aos seus clientes do seguro residencial uma consultoria ambiental especializada, com profissionais que os ajudam com ações de consumo consciente de água, energia elétrica, reciclagem de lixo, entre outras. Além disso, a companhia também oferece consultores para auxiliar os segurados na realização de projetos sustentáveis e inteligentes para reaproveitamento de água da chuva e uso de energia solar, entre outros objetivos. Entre janeiro e agosto de 2021, 89 clientes foram atendidos por esse serviço de consultoria.

Vistoria digital no seguro patrimonial – Todo o processo de vistoria dos seguros patrimoniais (residências e empresas) é digital, por conta de uma plataforma eletrônica desenvolvida especialmente para isso. Por meio dela, assim que comunica a ocorrência, o segurado recebe um SMS com um link. Após acessá-lo, basta que ele envie fotos e documentos pela internet, conforme as instruções automáticas. Se estiver tudo OK, a liberação pode ocorrer até no mesmo dia.

Projeto Origens® – No final de 2020, a Zurich no Brasil e a e Z Zurich Foundation (entidade do Zurich Insurance Group que se dedica a investimentos em projetos comunitários) estabeleceram um apoio ao projeto Origens Brasil®, rede de articulação multissetorial concebido pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e pelo Instituto Socioambiental (ISA), que viabiliza negócios sustentáveis na Floresta Amazônica. Durante três anos, a Zurich ajudará o Origens Brasil® a criar condições de mudar para melhor a forma como 3 mil produtores fazem negócios com mais de 30 empresas de maneira cada vez mais ética e transparente. Os produtos são provenientes da sociobiodiversidade brasileira e devem ajudar indiretamente cerca de 15 mil indígenas de populações tradicionais da Floresta Amazônica, gerando uma receita de R$ 11 milhões.

Compromissos globais e locais com a sustentabilidade do planeta

O Grupo Zurich tem um compromisso global e uma clara missão em todos os aspectos da sustentabilidade. Hoje, a corporação ocupa o topo do Índice Dow Jones de Sustentabilidade, resultado do seu esforço e do papel ativo na transição para uma economia mais sustentável.

Edson Franco, CEO da companhia no Brasil, explica que a Zurich tem três pilares estratégicos globais de sustentabilidade que norteiam toda a companhia. “O primeiro está relacionado ao propósito de liderar a mitigação e prevenção dos riscos voltados às mudanças climáticas. O segundo diz respeito à sustentabilidade no trabalho, com a promoção de um ambiente plural, diverso e inclusivo. E o terceiro pilar estratégico está voltado à confiança digital, com apoio à inovação, mas seguindo parâmetros de proteção e gerenciamento de dados”, enumera.

A seguradora é signatária dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) para nortear o mercado financeiro e de capitais na busca pelo desenvolvimento sustentável, por meio da incorporação de aspectos sociais, ambientais e de governança corporativa na tomada de decisão de investimentos, assim como também ao Pacto Global, outra organização da ONU. Além disso, apoia as bandeiras da Iniciativa Brasileira de Finanças Verdes (IBFV), bem como de outros projetos semelhantes mundo afora.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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