Lucro da SulAmérica recua para R$ 83,6 milhões no 1o. semestre de 2021

A SulAmérica apresentou lucro líquido de R$ 29,6 milhões no trimestre, recuo de 92% em relação ao mesmo período do ano anterior. O ganho no semestre foi de R$ 83,6 milhões, queda de 82,2%. “Com a esperada melhora da pandemia e a redução dos números de casos, o impacto de custos com a COVID-19 tende a diminuir gradualmente, possibilitando que tenhamos cenários mais normalizados de sazonalidade e frequência de sinistros”, afirma o presidente da companhia, Ricardo Bottas.

Ele lembra que o enfrentamento de períodos atípicos, com maior volatilidade de resultados de curto prazo, era previsto, mas em nada altera nossa trajetória de longo prazo de controle deste indicador. “Se olharmos para frente, temos legados positivos desse período, seja nas oportunidades de crescimento no números de beneficiários, da consistente transformação digital ou de nosso posicionamento de Saúde Integral, com foco na geração de mais negócios e incremento de nossa posição no mercado”.

Com a sinistralidade mais alta em função do elevado número de casos de COVID-19 entre os meses de março e junho de 2021, aliado à crescente normalização de procedimentos eletivos e não urgentes, a empresa registrou custos que somaram cerca de R$530 milhões apenas neste período, considerando tanto os custos assistenciais no segmento de saúde quanto as indenizações no portfólio de vida. Desde o início da pandemia, levando em conta somente a COVID-19, tais custos somaram cerca de R$1,8 bilhão.

A SulAmérica registrou aumento foi de 8,6% nas receitas operacionais do trimestre (2T21), totalizando R$ 5,2 bilhões, e de 7,0%, alcançando R$10,4 bilhões, no acumulado em 2021 (1S21). O crescimento adicionou 13,6% no número de beneficiários dos planos coletivos de saúde e odonto, em comparação com igual período de 2020, equivalente a mais de 500 mil beneficiários.

Em seguro de vida, houve crescimento de 344 mil segurados em relação a junho de 2020, levando também uma retomada no crescimento de receitas. Isso foi possível por meio de novas iniciativas em tecnologia, transformação digital, cuidado coordenado, democratização do acesso à saúde e ações de parceria com os quase 40 mil corretores de seguros.

Na ampliação do acesso à saúde, outra vertente importante de seu modelo de negócios, a SulAmérica celebrou conquistas. A linha de produtos regionais mais acessíveis – SulAmérica Direto – já está em nove regiões do Brasil, registrando agora 33 mil beneficiários, e deve continuar crescendo, tendo sido lançada neste trimestre em Brasília e Belo Horizonte. A operadora de saúde Paraná Clínicas, que atua em faixa de preço similar, seguiu ampliando sua atuação no Sul do país.

A SulAmérica também avançou em sua jornada de transformação digital em meio à crise sanitária, na direção de um ecossistema de Saúde Integral, em que as saúdes física, emocional e financeira estão conectadas. “Temos, já há alguns anos, explorado iniciativas nos mercados em que atuamos, tanto por meio de projetos internos de transformação digital e melhoria na experiência do cliente quanto por vias de investimentos estratégicos”, explica Bottas.

Nesta jornada, destacam-se a aquisição da Docway, uma healthtech de saúde, em 2018, o crescimento da estratégia de cuidado coordenado – que é digital na essência – e o recente investimento no fundo Aggir, de venture capital em saúde e tecnologia.

No pilar de saúde financeira em que a companhia atua, foram registrados bons resultados. Em gestão de ativos, a SulAmérica Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do país, pioneira em aspectos ESG no Brasil e que possui R$45 bilhões de ativos sob gestão, avançou no lançamento de novos fundos e desenvolvimento de novas estratégias assim como na parceria com a plataforma digital de investimentos Órama, da qual é sócia: o programa de indicação junto aos corretores de seguros agora conta com cerca de 3 mil corretores cadastrados. Em previdência, também continuou apresentando crescimento, mantendo um bom desempenho em termos de novas contribuições e portabilidade, chegando a quase R$10 bilhões em reservas.

Em meio aos desafios do período, a empresa desenvolveu novas tecnologias e inovações para apoiar os clientes de forma mais assertiva e digital, obtendo índices recordes de satisfação. Foram contabilizadas avaliações excelentes no aplicativo de Saúde – ferramenta relevante durante a pandemia para garantir assistência a distância aos beneficiários – com crescentes níveis de NPS (Net Promoter Score), além de destaques recorrentes no Reclame Aqui em todos os segmentos de atuação.

“Consideramos que é absolutamente essencial, como gestora de saúde, garantir assistência total durante a pandemia, em uma forte parceria com a rede de prestadores que permitiu altas taxas de resolutividade de pacientes hospitalizados com COVID-19. Estamos mostrando a força da nossa proteção, além da qualidade assistencial dos serviços da SulAmérica e de nossa rede de prestadores, oferecendo apoio em todos os momentos e garantindo a saúde física, emocional e financeira de nossos segurados.”, conclui Ricardo Bottas.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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