As preocupações com o comportamento dos indicadores da economia não se limitam ao avanço da inflação no Brasil, como mostra o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, nesta segunda-feira, 16. A expectativa do mercado financeiro para a inflação de 2021 alcançou o patamar de 7%. Essa foi a 19ª alta consecutiva na projeção para o IPCA. Há um mês, a previsão estava em 6,31%. “Além dos ruídos políticos e fiscais que começam a ficar mais intensos no cenário doméstico, há sinais de alerta também no cenário internacional, com a tensão em torno da tomada do Afeganistão pelo Talibã e com a China que divulgou dados da economia de julho. Dentre os fatores que impactaram esse resultado estão as enchentes provocadas por fortes chuvas e o novo aumento no número de contaminados pela Covid-19, que está levando a novos surtos no país, prejudicando as operações das empresas”, comenta Priscila Aguiar, economista da CEM – Comissão de Estudos de Mercado da CNseg.
No cenário doméstico, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – IBC-Br de junho apresentou alta de 1,1% em relação a maio (com ajuste sazonal). “Essa variação, embora positiva, pode indicar uma tendência de desaceleração, visto que no 1º trimestre de 2021 o índice havia apresentado crescimento de 1,64% contra o último trimestre de 2020”, comenta a economista. A mediana das expectativas do Boletim Focus para o PIB de 2021 apresentou leve queda de 5,30% para 5,28% e, para 2022, queda marginal, passando de 2,05% para 2,04%. Em relação à Selic, a mediana das expectativas para 2021 apresentou alta de 7,25% para 7,50% e, assim como na semana anterior, repetiu-se esse aumento para 2022 (de 7,25% para 7,50%).
Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal de CNseg.