Seguradoras faturam 19,7% mais até maio de 2021, para R$ 117,4 bilhões

No entanto, é preciso considerar a forte queda observada nos primeiros cinco meses de 2020, auge da pandemia no Brasil no ano passado

As receitas dos segmentos supervisionados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) totalizaram R$ 117,4 bilhões nos cinco primeiros meses de 2021, um aumento de 19,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando as receitas totalizaram R$ 98 bilhões. Somente em maio de 2021, o setor arrecadou R$ 24,7 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 40,6% em relação a maio de 2020.

Os seguros de danos apresentaram um crescimento de 14,2% na arrecadação de prêmios no acumulado de 2021, quando comparado com 2020. Foram movimentados R$ 33,87 bilhões nos cinco primeiros meses de 2021, face aos R$ 29,66 bilhões do mesmo período em 2020. Os seguros de pessoas foram responsáveis pela arrecadação de R$ 68,90 bilhões este ano, o que representa uma alta de 26,6%, ou R$ 14,49 bilhões, em relação aos cinco primeiros meses de 2020.

Nos seguros de pessoas e danos, os prêmios diretos totalizaram R$ 102,77 bilhões no acumulado de 2021, uma alta de 22,2% em relação ao mesmo período de 2020, quando totalizaram R$ 84 bilhões. O segmento de seguros de pessoas apresentou um total de prêmios de R$ 68,9 bilhões em 2021, o que representa um aumento de 26,6% em relação aos cinco primeiros meses de 2020. O seguro de vida teve crescimento de 18,4% em relação aos primeiros cinco meses de 2020, correspondendo a um aumento de R$ 1,39 bilhão na arrecadação de prêmios.

Os seguros de danos apresentaram um crescimento de 14,2% na arrecadação de prêmios em 2021, quando comparado ao mesmo período de 2020. Foram movimentados R$ 33,8 bilhões nos cinco primeiros meses de 2021, face aos R$ 29,66 bilhões do mesmo período em 2020.

A arrecadação de prêmios no seguro auto atingiu R$ 14,2 bilhões no acumulado do ano, valor 5,9% superior ao do mesmo período em 2020. Na comparação entre maio de 2021 e maio de 2020, houve um crescimento de 14,3%, com uma arrecadação de prêmios de R$ 2,94 bilhões.

Desconsiderando-se auto, o desempenho das demais linhas de negócio dos seguros de danos foi 21,1% superior no acumulado de 2021, em relação a 2020, um crescimento de R$ 3,42 bilhões na arrecadação de prêmios. As linhas de negócio rural, responsabilidade civil (RC), patrimonial e petróleo foram destaques, com crescimento acima de 30%. Os seguros das linhas transporte e financeiros também se destacaram, com crescimento acima de 20% na arrecadação de prêmios em 2021.

VGBL – As contribuições do VGBL em 2021 superaram as dos cinco primeiros meses de 2020 em 32,2%, totalizando R$ 48,98 bilhões – vide Tabela 4. As contribuições de maio de 2021 superaram as de maio de 2020 em 71,9%. Já os resgates apresentaram aumento de 21,2% em relação ao acumulado de 2020 até maio, totalizando R$ 36,3 bilhões. Nos cinco primeiros meses de 2021, as contribuições superaram os resgates em R$ 12,6 bilhões.

Compreensivo Empresarial – Os seguros compreensivos empresariais registraram receita acumulada de R$ 1,2 bilhão nos cinco primeiros meses de 2021, um crescimento de 19,83% em relação ao volume de prêmios acumulados no mesmo período do ano passado, R$ 1,02 bilhão. Na comparação entre as receitas de maio deste ano (R$ 216 milhões) e maio de 2020 (R$ 185 milhões), o aumento no volume de prêmios arrecadados foi de 16,9%. Transporte Nacional – Os seguros de transporte nacional registraram receita acumulada de R$ 490 milhões nos cinco primeiros meses de 2021, um crescimento de 28,13% em relação ao volume de prêmios acumulados no mesmo período do ano passado, R$ 382 milhões. Na comparação entre as receitas de maio deste ano (R$ 111 milhões) e maio de 2020 (R$ 85 milhões), o aumento no volume de prêmios arrecadados foi de 29,7%.

Sinistralidade – Nos seguros de pessoas, excluindo-se o VGBL, a sinistralidade saiu de um patamar de 30%, passando para uma média de 37% no segundo semestre de 2020 e atingindo o patamar de 50% de média no acumulado de 2021, com pico de 61,4% em maio. A sinistralidade do seguro de vida atingiu o valor de 96,9% em maio deste ano, ligeiramente abaixo do valor observado em abril, quando foi de 97,3%.

O seguro de vida em grupo, entretanto, apresentou uma sinistralidade de 103,1% em maio de 2021, acima do valor observado em abril, quando foi de 102,3%. Nos seguros de danos, após uma oscilação para baixo no segundo trimestre de 2020, observa-se uma estabilidade na sinistralidade mensal. A sinistralidade em maio de 2021 foi de 46,4%. A sinistralidade no seguro auto ficou em 54,2% em maio de 2021, frente aos 54,3% observados em abril de 2021 e 44,4% em maio de 2020. No acumulado do ano, a sinistralidade desta linha de negócio está em 56,4%.

Previdência – Nos produtos de previdência, observa-se um crescimento de 2,2% na receita nos primeiros cinco meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior. PGBL – Conforme a Tabela 6, o PGBL apresentou, nos cinco primeiros meses de 2021, um crescimento de 3,1% nas receitas em relação ao mesmo período de 2020, tendo arrecadado R$ 3,80 bilhões no período. Os resgates no acumulado de 2021 cresceram 5,7% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 4,41 bilhões.

Previdência Tradicional – Observou-se, nas receitas dos cinco primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020, uma queda de 0,4% nas contribuições de Previdência Tradicional. Os resgates, por sua vez, cresceram, totalizando R$ 0,78 bilhões em 2021, 2,5% acima do valor dos primeiros cinco meses de 2020

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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